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China contesta inclusão de bancos chineses em sanções da União Europeia antes de cimeira

O protesto foi transmitido dois dias antes da cimeira entre líderes europeus e chineses, marcada para quinta-feira em Pequim, no âmbito das comemorações dos 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre as duas partes.
23 Julho 2025, 07h57

A China apresentou uma queixa formal à União Europeia pela inclusão de bancos chineses nas sanções contra a Rússia, durante uma reunião bilateral antes da cimeira China-UE marcada para quinta-feira em Pequim.

O protesto foi transmitido dois dias antes da cimeira entre líderes europeus e chineses, marcada para quinta-feira em Pequim, no âmbito das comemorações dos 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre as duas partes.

Num breve comunicado divulgado hoje, o Ministério do Comércio chinês indicou que os dois representantes mantiveram uma “discussão sincera e aprofundada” sobre a cooperação económica e comercial bilateral, bem como sobre “questões centrais”.

Durante o encontro, a delegação chinesa manifestou oposição às medidas adotadas recentemente por Bruxelas, que no seu 18.º pacote de sanções devido à guerra na Ucrânia incluiu duas instituições bancárias com sede na China: o Banco Rural Comercial de Suifenhe e o Banco Rural Comercial de Heihe, ambos de pequena dimensão e localizados perto da fronteira com a Rússia.

Desde o início do conflito, Pequim tem mantido uma posição ambígua, apelando para o diálogo entre as partes, mas evitando condenar diretamente a invasão russa e recusando-se a aderir às sanções ocidentais.

A cimeira China-UE contará com a participação do Presidente chinês, Xi Jinping, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Este último afirmou na segunda-feira que a relação entre a China e a UE tem um papel “crucial” a nível global e manifestou a intenção de discutir com as autoridades chinesas todos os temas da agenda comum.

Bruxelas já indicou que irá abordar questões como o acesso ao mercado chinês, a guerra na Ucrânia, as alterações climáticas e a situação no Médio Oriente.

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