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China disponível para dialogar com EUA sob liderança de Trump

“Acreditamos que a China e os EUA podem manter uma tendência de desenvolvimento estável, saudável e sustentável nas relações económicas e comerciais”, destacou o vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira em Pequim.
22 Novembro 2024, 16h39

A China manifestou sua disposição para conduzir um diálogo ativo com os Estados Unidos, baseando-se em princípios de respeito mútuo e promovendo o desenvolvimento das relações económicas e comerciais. A declaração foi feita pelo vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, esta sexta-feira.

Wang, que também é representante de Comércio Internacional da China, afirmou que o país está preparado para “resolver e resistir” ao impacto de choques externos, em resposta a questões levantadas sobre as tarifas prometidas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump. “Acreditamos que a China e os EUA podem manter uma tendência de desenvolvimento estável, saudável e sustentável nas relações económicas e comerciais”, destacou Wang em conferência de imprensa realizada em Pequim.

Com a ameaça de Trump de impor tarifas superiores a 60% sobre todos os produtos chineses, que têm abalado os fabricantes e acelerado a realocação de fábricas para o Sudeste Asiático e outras regiões, os exportadores chineses estão a preparar-se para possíveis distúrbios no comércio.

Economistas consultados pela Reuters indicam que os EUA poderiam impor tarifas de quase 40% sobre as importações da China no início do próximo ano, o que faria aumentar o risco de atraso no crescimento da segunda maior economia do mundo em até um ponto percentual.

Na quinta-feira, as autoridades chinesas anunciaram uma série de medidas para impulsionar o comércio exterior, incluindo o fortalecimento do apoio financeiro às empresas e a expansão das exportações de produtos agrícolas.

A turbulência comercial sob a presidência de Trump também poderá impactar o iuan, moeda que subiu 10% nos primeiros 18 meses do mandato de Trump, mas caiu cerca de 12% devido às tarifas e à pandemia.

“Nosso pensamento básico é que a taxa de câmbio permanecerá basicamente estável em um nível razoável e equilibrado”, afirmou Liu Ye, uma autoridade do banco central da China, na mesma conferência de imprensa.

O banco central comprometeu-se a manter a flexibilidade do iuan, ao mesmo tempo em que reforçará a orientação sobre as expectativas para evitar que o mercado desenvolva visões unilaterais. Liu também destacou que o banco se protegerá contra o risco de uma taxa de câmbio excessiva.

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