A CMVM determinou a suspensão da negociação das ações da Inapa depois de a empresa ter anunciado em comunicado este domingo que vai entrar em insolvência. Além disso, o conselho de administração anunciou, também em comunicado à CMVM esta manhã, a renúncia às suas funções.
A empresa papeleira que tem mais de 1.400 trabalhadores e está em 10 países tem como principais acionistas a Parpública, com 44,89%, a Nova Expressão, com 10%, e o Novobanco, que detém 6,55%. O BCP que chegou a ter uma participação na empresa conseguiu sair do capital da Inapa.
A Inapa irá avançar “nos próximos dias” com um processo de insolvência anunciou a empresa. Tudo porque não conseguiu liquidez para pagar salários.
”A Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, vem comunicar ao mercado que em virtude de uma carência de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland, GmbH em montante de 12 milhões de euros, para a qual não se encontrou solução de financiamento no prazo estabelecido de acordo com a lei alemã, pese embora todos os esforços atempadamente desenvolvidos pela administração da Inapa junto de credores e dos acionistas, em especial junto do seu maior acionista detentor de cerca de 45% do capital social, a Parpública – Participações Públicas (SGPS), será a Inapa Deutschland apresentada à insolvência no dia 22 de julho”, anunciou a empresa que deliberou também apresentar a portuguesa IPG à insolvência.
Esta segunda-feira o Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “determinou (…) a suspensão da negociação das ações da Inapa-Inv.Part.Gestão com o propósito de assegurar que o mercado absorve a informação divulgada pela emitente”.
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