As exportações têm sido um dos motores da economia portuguesa, tocando máximos históricos em 2017. A tendência manteve-se nos primeiros oito meses deste ano, ainda que em agosto de 2018 se tenha registado um arrefecimento.
Em agosto de 2018, as exportações cresceram 2,6% em termos homólogos mensais, devido a um aumento de 3,5% de venda de bens intra União Europeia, o que significa um crescimento de 16,5% face a julho deste ano.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em termos homólogos, em agosto de 2018 as exportações registaram um aumento de 1,7%, enquanto no que respeita às variações face ao mês anterior, diminuíram 23,6%, reflexo sobretudo do comércio Intra-UE, com uma queda de 29,1%.
Já no trimestre terminado em agosto de 2018, as exportações aumentaram 8,9% face ao mesmo período de 2017, o que significa um incremento de 9,8% no trimestre terminado em julho de 2018.
No terceiro trimestre, os bens de consumo lideraram as exportações, representando 6,3%, seguidos pelos bens de investimento (1,5%) e pelos bens da indústria transformadora, que representaram 0,5%.
Em agosto de 2018, face ao mês homólogo de 2017, o INE destaca o crescimento nas exportações dos fornecimentos industriais, com um aumento de 10,2% e dos combustíveis e lubrificantes, que cresceram 12,3%.
Em sentido inverso, registou-se um decréscimo no material de transporte, com uma queda de 10,3%, “principalmente devido à paragem para férias no mês de agosto de algumas empresas deste setor”.
Itália é o destino que mais cresce
A liderar os destinos das exportações portuguesas está a União Europeia. Em agosto de 2018, salienta-se o crescimento, face ao mês homólogo de 2017, das exportações para Itália, que registaram um aumento de 53,8%, seguida por França com uma subida de 11,5%. Em terceiro lugar, as exportações para os Estados Unidos cresceram 9%.
Em contra-ciclo, as exportações para Alemanha, Brasil e Reino Unido registaram os maiores decréscimos, com uma queda de 12,2%, 44,0% e 12,0% respectivamente, face ao mesmo período de 2017.
Recorde de exportações em 2017
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações portuguesas aceleraram 10% em 2017 face a 2016, representando 55.029 milhões de euros. Significa isto que a balança comercial de bens atingiu um saldo negativo de 14.460 milhões de euros, o que representa um aumento do défice em 3.075 milhões de euros face ao ano anterior.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 8,9%, isto é mais 2,3% do que em 2016, enquanto o défice aumentou 2.125 milhões de euros, correspondendo a um total de menos 10.299 milhões de euros.
O INE realça que os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha.
“O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente passou a ser com os Estados Unidos, enquanto no ano anterior foi com o Reino Unido que Portugal registou o maior excedente da balança comercial”, conclui.
As máquinas e aparelhos mantiveram-se como o principal grupo de produtos importado e exportado em 2017, mas os maiores acréscimos registaram-se nas exportações de veículos e outro material de transporte e nas importações de combustíveis minerais.
As Estatísticas do Comércio Internacional do INE destacam também que o número total de países com os quais Portugal mantém transações de bens, assim como o número de produtos transacionados revelam uma “elevada estabilidade”, em ambos os fluxos, no período de 2013 a 2017.
Mas, acrescenta o INE, “o número de empresas importadoras e exportadoras tem aumentado de forma continuada nesse período, de forma mais intensa nas empresas importadoras, acompanhando assim a tendência de acréscimo verificada no valor transaccionado”.
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