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Com o mesmo número de deputados, Bloco disponível para manter ‘namoro’ com PS

Apesar de no total ter mantido o número de mandatos, o Bloco de Esquerda perdeu um deputado na Madeira e um no Porto. Estas perdas foram compensadas pela conquista de dois novos mandatos: um em Aveiro e outro em Braga.
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    Manuel de Almeida/Lusa
7 Outubro 2019, 01h19

O Bloco de Esquerda (BE) manteve o número de mandatos, elegendo 19 deputados, ao conquistar 9,67%. Depois de apurados os resultados, os bloquistas tiveram no total 492.487 votos, mantendo-se como a terceira força política no Parlamento e já abriram a porta a negociações com o Governo.

Ainda a distribuição da nova Assembleia da República não estava concluído, mas já se desenhava uma maioria para o Partido Socialista, ainda que não absoluta, quando Catarina Martins manifestou a disponibilidade dos bloquistas apoiarem o governo.

“O PS tem todas as condições para formar governo e se não tiver maioria absoluta e precisar de apoio parlamentar tem duas opções: procura uma solução de estabilidade, que assume a continuidade de solução de direitos e rendimentos ao longo da legisltura. E isso deve estar refletido no programa de governo que será apresentado. Ou realizar negociações ano a ano para cada orçamento”, disse Catarina Martins, no Teatro Thalia, em Lisboa, onde o Bloco de Esquerda reuniu para acompanhar a noite eleitoral.

“O BE manifesta a sua disponibilidade e se a primeira não se realizar, estaremos também disponíveis para a negociação caso a caso, mantendo o compromisso que sempre afirmámos”, acrescentou.

Apesar de ainda faltarem quatro mandatos por atribuir – dois deputados pelo círculo eleitoral da Europa e dois deputados pelo círculo fora da Europa -, com 106 deputados eleitos e 36,65% dos votos, o PS só precisa de um dos principais partidos para governar. Ainda assim, António Costa já abriu a porta a uma nova ‘geringonça’, até mais alargada ao admitir que irá entrar em contacto com o PAN e o Livre.

Apesar de ter mantido o número de mandatos, os bloquistas perderam dois deputados: um na Madeira, onde não conseguiram eleger qualquer deputado, e um no Porto, distrito onde viu cair de cinco para quatro mandatos (com 10,12%). Estas perdas foram compensadas pela conquista de dois novos mandatos: um em Aveiro e outro em Braga. O Bloco de Esquerda elegeu assim dois deputados por Aveiro e por Braga, um por Coimbra, Faro, Leiria e Santarém, cinco por Lisboa, quatro pelo Porto e dois por Setúbal.

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