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Confiança dos consumidores atinge valor mais elevado desde fevereiro de 2022

“A evolução do indicador em abril resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar, enquanto as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo nulo”, explica o INE, sobre as perspetivas dos consumidores.
29 Abril 2024, 12h08

O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e abril, registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, e situando-se “acima da média histórica” da série, disse o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou em abril, após ter diminuído nos últimos dois meses. O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu nos últimos três meses, de forma ténue em abril, depois do aumento expressivo observado em janeiro”, acrescentou o instituto de estatística nacional.

“A evolução do indicador em abril resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar, enquanto as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo nulo”, explica o INE, sobre as perspetivas dos consumidores.

O INE sublinhou que o indicador de clima económico teve uma quebra de abril, “contrariando o aumento” registado no mês anterior.

“Os indicadores de confiança diminuíram na Indústria Transformadora e nos Serviços, tendo aumentado no Comércio e, apenas ligeiramente, na Construção e Obras Públicas”, disse o instituto de estatística.

“A evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a evolução da procura global, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados estabilizado e perspetivas de produção contribuído positivamente”, explica o INE sobre o indicador relativo às indústrias transformadoras.

Já sobre o indicador para a construção e obras públicas o INE diz que a evolução em abril “refletiu o contributo positivo das apreciações sobre a carteira de encomendas, uma vez que o saldo das perspetivas de emprego diminuiu”.

No comércio os dados do INE dizem que o indicador “aumentou de forma moderada” em abril, pelo terceiro mês consecutivo, após ter diminuído em janeiro.

“A evolução do indicador em abril resultou do contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente e as apreciações sobre o volume de stocks registado um contributo nulo. Em abril, o indicador de confiança aumentou no Comércio a Retalho e diminuiu no Comércio por Grosso”, explica o instituto de estatística.

Nos serviços o indicador de confiança quebrou em abril, após ter aumentado no mês anterior.

“A evolução do indicador resultou do contributo negativo de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas relativas à evolução da procura, mais expressivo no primeiro caso”, disse o INE.

Já o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda “aumentou em abril na Indústria Transformadora e no Comércio e voltou a diminuir na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, após ter diminuído significativamente em março em todos os sectores”, reforça o INE.

Os dados do INE dizem ainda que 57,9% das empresas preveem que o investimento em 2024 irá estabilizar face ao ano anterior, enquanto que 34,0% das empresas preveem um aumento do investimento e 8,1% uma diminuição.

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