Confinamentos ao fim de semana com impacto em 77% dos negócios de serviços, conclui estudo

O confinamento dos dois fins de semana de novembro, no âmbito do Estado de Emergência em Portugal, terá impacto nos lucros de 77% dos profissionais do setor dos serviços, com as quebras a rondar, em média, os 1.300 euros por negócio, segundo um inquérito da plataforma Fixando divulgado esta segunda-feira.

O estudo, com entrevistas realizadas entre os dias 9 e 13 de novembro, demonstra ainda até ao final deste ano, quase todos (90%) os profissionais do setor terciário esperam que o confinamento provoque uma quebra ainda maior nos lucros, sendo a perda média rondará os 2.314 euros por negócio/profissional mensalmente.

“No que diz respeito às alternativas encontradas para atenuar o impacto do confinamento, os profissionais optaram pela paragem temporária do negócio (39%), as alterações nos horários de trabalho (38%) e a transição para o trabalho remoto (28%)”, pode ler-se na análise que envolveu uma amostra de 6.400 profissionais residentes em Portugal, do sexo masculino e feminino e com idades iguais ou superiores a 18 anos.

Mais de metade dos inquiridos da Fixando (58%) revelaram que os três maiores obstáculos causados pelas restrições à circulação nos 191 concelhos de risco foram: a descida na procura, o medo dos clientes em estar em contacto com os profissionais e a dificuldade em adquirir materiais de trabalho.

Os comentários que a plataforma destaca por parte dos empresários e trabalhadores são, na sua generalidade, negativos, à semelhança do que sucedeu com os profissionais dos bares e restaurantes que se manifestaram na sexta-feira e no sábado nas cidades do Porto e de Lisboa.

A Fixando publica alguns exemplos: “O confinamento é necessário desde que não atrapalhe o trabalhador”; “Desastroso”; “Muita insegurança financeira”; “Absolutamente negativo e sem resultados”; “Com tantas pessoas com dificuldades financeiras, fica mais difícil encontrar clientes que paguem o valor justo”.