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Contestação ao presidente sul-coreano sobe de tom e há pedidos de destituição

Seis partidos de oposição sul-coreanos apresentaram um projeto de lei no parlamento para destituir Yoon, que já tinha enfrentado acusações de liderança autoritária dos seus oponentes e de dentro do seu próprio partido, com votação marcada para sexta ou sábado.
4 Dezembro 2024, 16h29

Deputados sul-coreanos propuseram na quarta-feira o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol pela decisão repentina de declarar lei marcial, segundo a “Reuters”.

A declaração de lei marcial feita por Yoon, na noite de terça-feira, foi entendida como uma forma de proibir a atividade política e censurar os media na Coreia do Sul, que tem a quarta maior economia da Ásia e é uma importante aliada dos EUA.

Washington não foi avisada previamente da decisão, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à Reuters, acrescentando que esperava falar com o seu homólogo colega sul-coreano nos próximos dias.
Militares armados forçaram a entrada no prédio da Assembleia Nacional em Seul, mas recuaram quando assessores parlamentares os pulverizaram com extintores de incêndio. Os deputados rejeitaram a decisão da lei marcial enquanto os manifestantes entravam em confronto com a polícia no exterior.
Na noite de quarta-feira, grupos cívicos e trabalhistas realizaram uma vigília à luz de velas no centro de Seul pedindo a renúncia de Yoon — um lembrete dos protestos com as mesmas dimensões que levaram ao impeachment da ex-presidente Park Geun-hye em 2017.
Seis partidos de oposição sul-coreanos apresentaram um projeto de lei no parlamento para destituir Yoon, que já tinha enfrentado acusações de liderança autoritária dos seus oponentes e de dentro do seu próprio partido, com votação marcada para sexta ou sábado.
A crise abalou também os mercados financeiros globais e fez com que o índice de referência KOSPI .KS11 da Coreia do Sul caísse 1,4%, elevando as suas perdas no ano para mais de 7% e tornando-se o pior mercado de ações da Ásia neste ano.
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