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Costa. Eletrificação da ferrovia até Valença é “decisiva” para a “interligação do tecido industrial entre o Alto Minho e a Galiza” (com áudio)

No dia em que se assinala a conclusão da obra que finaliza a eletrificação da ferrovia no Alto Minho, António Costa enalteceu o impacto desta ligação na economia da região, mas apontou para os desafios que ainda persistem no futuro.
26 Abril 2021, 13h11

António Costa referiu a importância do novo troço de ferrovia eletrificada inaugurado esta segunda-feira no Alto Minho na cerimónia de inauguração da mesma, sublinhando o impacto que terá “o maior investimento ferroviário feito nos últimos 100 anos” no aprofundar das relações económicas entre a região Norte e a Galiza.

O primeiro-ministro mostrou-se satisfeito pela finalização da obra, mas apontou para o longo caminho que terá de ser percorrido para a obtenção do objetivo de neutralidade carbónica até 2050 e de redução das emissões de gases com efeito de estufa por metade até 2030.

Sublinhando o impacto dos transportes nas emissões de gases poluentes, António Costa considerou “fundamental” o lançamento, na semana anterior, do debate para a aprovação do plano ferroviário nacional, para o qual pede “um grande consenso político”.

A conclusão das obras de eletrificação do troço inaugurado esta segunda-feira, que liga Viana do Castelo a Valença, é “decisiva” para a região, argumenta o primeiro-ministro, por permitir “continuar a densificar a interligação do tecido industrial entre o Alto Minho e a Galiza”.

“Não é por acaso que o Alto Minho tem sido das regiões que atraiu mais investimento estrangeiro nos últimos anos ou que criou mais postos de trabalho qualificados”, destacou, de forma a ilustrar a importância da “sinergia com a Galiza”.

Adicionalmente, a obra permite agora a ligação ferroviária entre três grandes portos da região Noroeste da Península Ibérica, com o porto de Vigo agora ligado ao de Viana do Castelo e ao de Leixões através de uma via ferroviária eletrificada com capacidade de transporte de mercadorias.

“Conseguimos ter nesta frente atlântica um conjunto de grandes infraestruturas portuárias servidas através de uma ligação ferroviária. Isto muda completamente o quadro da relação económica de um lado e do outro da fronteira”, antecipou o primeiro-ministro, destacando os ganhos económicos que se juntam ao menor tempo de viagem ou às melhoradas carruagens de que disporá o serviço.

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