É provável que a Agência Europeia para o Medicamento (EMA) não chegue a uma decisão sobre sobre o futuro da vacina russa contra a Covid-19. De acordo com a notícia avançada pela “Reuters”, esta quinta-feira, a decisão só deverá chegar no primeiro trimestre de 2022 uma vez que ainda existe uma falta de informações sobre a eficácia do fármaco.
“Uma decisão da EMA [sobre a vacina] até ao final do ano será completamente impossível”, informou uma fonte à agência noticiosa, acrescentando que o prognóstico é apenas sustentado com base na teoria de que os dados serão enviados ao regulador até ao final de novembro. “Assim, os reguladores poderão decidir já no primeiro semestre do próximo ano”.
A revisão da eficácia da vacina por parte da entidade arrancou em março deste ano com a previsão de que a sua aprovação ou rejeição seria anunciada entre maio e junho.
Na altura, os reguladores avaliavam a eficácia da vacina com base nos resultados divulgados pela revista cientifica “The Lancet” que indicavam que o fármaco provou ter uma eficácia de 91,6% contra o vírus e de 83% contra a variante Delta.
Ainda que não tenha a aprovação da União Europeia, a Hungria e a Bielorrússia tornaram-se nos primeiros países a arrancar com a sua administração, juntando-se a um conjunto de 70 países que integraram o fármaco nos seus respectivos planos de vacinação contra a Covid-19.
Já Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que ainda está a avaliar o uso de emergência da Sputnik V. “Assim como acontece com outras vacinas candidatas, a OMS segue a avaliar as vacinas Sputnik V de diferentes locais de fabrico e publicará as decisões sobre seu status EUL (Lista de Uso de Emergência) quando todos os dados estiverem disponíveis e a revisão for concluída”, afirmou a OMS em declarações à “Reuters”.
O Instituto Gamaleya, que é supervisionado pelo Ministério da Saúde russo, desenvolveu a vacina e supervisionou os testes clínicos, enquanto o fundo soberano da Rússia, o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), ficou encarregue por comercializar a Sputnik V fora do país.
Em resposta à história, a RDIF argumenta que a vacina russa mostrou eficácia superior e imunidade mais duradoura em comparação com as vacinas de mRNA atualmente disponíveis, nomeadamente, a Pfizer/BioNTech e Moderna, e reiterou que a vacina de dose única “Sputnik Light” poderia ser usada como reforço.
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