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Depósitos de particulares subiram 45% para valor recorde de 128,4 mil milhões

A redução da remuneração média foi transversal a todos os tipos de depósitos.
4 Fevereiro 2025, 12h33

Os depósitos a prazo de particulares subiram 45% em 2024 para 128,4 mil milhões de euros, o que é valor recorde desde 2003 (início da série), segundo informações hoje divulgadas pelo Banco de Portugal.

O banco central refere especificamente que “o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 128,4 mil milhões de euros em 2024, mais 39,6 mil milhões de euros do que em 2023 (88,8 mil milhões de euros). Trata-se do valor anual mais elevado observado desde o início da série, em 2003, e resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e sem renovação automática”.

Quanto aos juros, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares desceu de 3,08% em dezembro de 2023 para 2,16% em dezembro de 2024 (anteriormente, o juro médio tinha subido de 0,41% em dezembro de 2022 para 3,08% em dezembro de 2023).

A redução da remuneração média foi transversal a todos os tipos de depósitos.

Nos novos depósitos com prazo até um ano (que representaram 97% das novas operações em 2024 acima dos 87% em 2023), a taxa de juro média reduziu-se de 3,10% em dezembro de 2023 para 2,18% em dezembro de 2024.

Em detalhe o banco central revela que os novos depósitos com prazo de 1 a 2 anos corresponderam a 3% do total de novos depósitos de 2024 (9% em 2023). A remuneração média destes depósitos reduziu-se 0,88 pp, passando de 2,64%, em dezembro de 2023, para 1,76% em dezembro de 2024.

Já os novos depósitos com prazo superior a 2 anos, que tinham representado 4% dos novos depósitos em 2023, tiveram, em 2024, um peso residual no total de novos depósitos (0,5%).

A remuneração média destes depósitos diminuiu 0,92 pp, de 2,17%, em dezembro de 2023, para 1,25% em dezembro de 2024.

Segundo os mesmos dados estatísticos, em 2024, Portugal registou a oitava maior redução das taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo de particulares do conjunto dos países da área do euro, sendo que com esta diminuição, passou a ser o sexto país com a menor taxa de juro média, depois de ter sido o oitavo em dezembro de 2023.

A descida registada em Portugal foi superior ao decréscimo verificado para a média dos países da área do euro, continuando o país, assim, abaixo da taxa média deste conjunto de países (2,61%).

Olhando agora para os depósitos das empresas, verifica-se que a remuneração média dos novos depósitos a prazo diminuiu 0,80 pp, de 3,46%, em dezembro de 2023, para 2,66% em dezembro de 2024. Esta taxa de juro manteve-se sempre abaixo da taxa média da área do euro durante o ano de 2024.

As novas operações de depósitos de empresas totalizaram 86,9 mil milhões de euros, mais 10,8 mil milhões de euros do que em 2023 (76,1 mil milhões de euros). Os depósitos a prazo até 1 ano representaram 99% dos novos depósitos a prazo de empresas em 2024.

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