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Deputada Cristina Rodrigues quer faltas justificadas por assistência e luto de animais

Deputada não inscrita defende que trabalhadores que tenham animais de companhia passem a dispor de até sete dias por ano para prestar assistência em caso de doença ou acidente, tal como um dia quando os animais morrerem.
  • Cristina Rodrigues Deputada Não Inscrita
9 Outubro 2020, 17h35

A deputada não inscrita Cristina Rodrigues apresentou dois projetos de lei para alterar o Código de Trabalho de forma a que passe a contemplar faltas justificadas para assistência aos animais de companhia e para garantir o direito ao luto por falecimento desses animais. No primeiro caso está em causa um máximo de sete dias por ano para “prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou de acidente”, e no segundo haveria a possibilidade de tirar um dia sem perda de vencimento.

Segunda a deputada eleita nas listas do PAN, estas alterações legislativas refletem a evolução na relação entre humanos e animais de companhia, “sendo que a maioria dos seus detentores considera-os já parte integrante da família e o próprio sistema judicial traduz a crescente importância dos animais nas nossas vidas ao legislar a sua proteção e a criminalização aos maus-tratos”.

A justificação de faltas relacionadas com assistência a animais depende neste momento da entidade patronal, numa decisão que “assenta na sensibilidade do empregador, o que nos parece altamente discriminatório e fator de desigualdade entre os trabalhadores”, defende a eleita pelo círculo de Setúbal, que se tornou a segunda deputada não-inscrita desta legislatura, depois de Joacine Katar Moreira não ter renunciado ao mandato quando perdeu a confiança política do Livre.

Cristina Rodrigues cita nas suas iniciativas legislativas um estudo da GfK que indicava a existência de 6,3 milhões de animais de companhia nos lares portugueses em 2015, abrangendo mais de metade das famílias. “Se no passado, em Portugal, os animais tinham, em grande medida, como propósito o auxílio no trabalho e a segurança, atualmente são vistos pela grande maioria das pessoas como membros do agregado familiar”, acrescenta.

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