A advogada e deputada do Parlamento da Catalunha pelo partido Ciudadanos, Inés Arrimadas, criticou o treinador Pep Guardiola pela tomada de posição a favor dos distúrbios na Catalunha, após um vídeo do antigo jogador chegar às redes sociais pelo grupo Tsunami Democràtic, que originou a manifestação no aeroporto.
“Espanha está a assistir a uma deriva autoritária, na qual se utiliza uma lei anti-terrorista para criminalizar a dissidência e perseguir artistas por exercerem a sua liberdade de expressão”, sustentou o treinador do Manchester City no vídeo cunhado pelo Tsunami Democràtic.
“Os líderes condenados hoje [14 de outubro] representam a maioria dos partidos políticos e as entidades da sociedade civil mais importantes da Catalunha. Nem o governo de Pedro Sánchez, nem outro governo espanhol, foi corajoso o suficiente para enfrentar este conflito com diálogo e respeito, utilizando apenas a repressão como única resposta”, sublinhou Guardiola.
Pep Guardiola posa veu a @tsunami_dem en un comunicat internacional emès per la @BBC i @AFP pic.twitter.com/8mWLgbanJr
— Tsunami Democràtic (@tsunami_dem) October 14, 2019
Inés Arrimadas levou a sua opinião para a rede social Twitter sobre o vídeo do treinador. “Admirava Guardiola como jogador e treinador, mas devo condenar as suas mentiras como ‘político'”, escreveu a deputada espanhola.
No vídeo, Guardiola foi mais longe e afirmou que a Catalunha tem o direito à autodeterminação, à semelhança do Quebec no Canadá e da Escócia do Reino Unido.
A deputada do Ciudadanos escreveu que Pep Guardiola é “muito corajoso para difamar Espanha, mas nem uma palavra sobre o Qatar, por onde alinhou”, referindo-se ao período entre 2003 e 2005 quando jogava pelo Al-Ahli. Alias, Guardiola chegou a dizer que o Qatar é um “país aberto” e que Espanha é um “Estado autoritário”. O país do Golfo Pérsico é uma monarquia governada pela família Al Thani.
“Na nossa democracia, qualquer ideologia se encaixa sem violar a lei. Não é dissidência, é sedição”, disparou Arrimadas, mencionando a acusação das condenações aos dirigentes políticos.
Ao longo do vídeo publicado no Youtube e transmitido em vários canais televisivos, Pep Guardiola assegurou que a sentença do Supremo Tribunal de Espanha constituiu “um ataque direto aos direitos humanos: ao direito de reunião e de manifestação, ao direito da liberdade de expressão e ao direito a um julgamento justo”.
Admiraba al Guardiola jugador y entrenador, pero debo condenar sus mentiras como “político”.
— Inés Arrimadas (@InesArrimadas) October 14, 2019
Muy valiente para calumniar a España pero ni una palabra sobre Qatar, donde se forraba. En nuestra democracia cabe cualquier ideología, no saltarse la ley. No es disidencia, es sedición pic.twitter.com/1Tirzm83PY
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