Não foram propriamente as eleições de 26 de maio que a causaram, mas os resultados do escrutínio europeu na Alemanha vieram evidenciar ainda mais a profunda crise política que grassa em terras germânicas pelo menos desde que a chanceler Angela Merkel, tendo vencido as legislativas de setembro de 2017, demorou quase meio ano a formar governo.
Desde então, dir-se-ia que quase tudo correu mal na Alemanha: o casamento antigo e feliz entre a CDU de Merkel e a CSU bávara quase acabou em divórcio litigioso (por via da vontade do ministro do Interior da CSU, Horst Seehofer, em fechar portas aos imigrantes); as diversas eleições regionais entretanto realizadas afundaram a CDU em vários Estados; a extrema-direita do Alternativa para a Alemanha (AfD) não parou de crescer; Merkel anunciou que estava farta de mandar na Alemanha e na Europa e se retiraria no final da legislatura; fora de portas o abrandamento da economia resultou na revisão em baixa das perspetivas de crescimento da Alemanha; e as consultoras desataram a produzir researchs segundo os quais se avolumam evidências de que o motor da economia europeia está prestes a gripar.
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