Inesperadaamente, Sergei Tikhanovsky, marido de Svetlana Tikhanovskaya, figura da oposição bielorrussa, foi libertado da prisão juntamente com outros 13 presos políticos, anunciou a organização não-governamental (ONG) Viasna. “Sergei Tikhanovsky foi perdoado. 13 outras pessoas também foram libertadas”, disse a organização de direitos humanos numa mensagem nas redes sociais.
Sergei Tikhanovsky, 46 anos, foi detido em maio de 2020, pouco antes de uma eleição presidencial marcada por manifestações históricas da oposição, seguidas de uma grande repressão conduzida pelo Presidente Alexander Lukashenko.
Svetlana Tikhanovskaya já agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aos seus parceiros europeus por terem garantido a libertação do marido, Sergei Tikhanovsky, preso na Bielorrússia há mais de cinco anos.
“O meu marido Sergei está livre! É difícil descrever a alegria no meu coração”, escreveu na rede social X. “Ainda não terminámos. 1.150 presos políticos continuam atrás das grades. Todos eles têm de ser libertados”, acrescentou.
Antes da mensagem a ativista da oposição publicou um vídeo que a mostra a dar um longo abraço a um homem de cabeça rapada que lhe beija o pescoço.
Bloguista e apresentador de um canal popular no YouTube, Sergei Tikhanovsky pretendia desafiar Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, nas eleições presidenciais da Bielorrússia.
Após a sua prisão, a mulher, Svetlana Tikhanovskaya, assumiu o papel de opositora e mobilizou as multidões durante a campanha eleitoral. Alexander Lukashenko, no entanto, ganhou as eleições oficialmente com 80% dos votos. Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se então durante semanas contra a sua reeleição, denunciando uma fraude maciça.
As autoridades esmagaram o movimento com milhares de detenções, torturas e centenas de pesadas penas de prisão. Svetlana Tikhanovskaya foi obrigada a exilar-se sob a pressão das autoridades. Sergei Tikhanovksi foi condenado, em 2021, a 18 anos de prisão por “organização de motins” e “incitamento ao ódio”, e depois a mais 18 meses por “insubordinação”. Foi mantido em condições muito rigorosas, com muito pouco contacto com o mundo exterior. Em março de 2024, a sua mulher disse que não tinha notícias dele há mais de um ano.
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