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Economia deve crescer 1,2% em 2025 e 1,4% no ano seguinte, aponta estudo

A conclusão é da Allianz Trade, que salienta que o atual Governo não levanta riscos de derrapagem orçamental. Ao mesmo tempo, prevê-se um crescimento de 1,2% na zona euro, que poderá alterar-se mediante novidades no que diz respeito à guerra comercial.
10 Julho 2025, 15h46

A economia portuguesa deverá crescer 1,2% em 2025 e 1,4% em 2026, de acordo com um estudo da Allianz Trade. No que diz respeito ao PIB mundial, deverá registar-se um crescimento de 2,5%, o mais lento desde 2008, se excluídos os períodos de recessão.

De acordo com as conclusões do estudo “Summertime Sadness”, o facto de a Aliança Democrática (AD) ter vencido as legislativas realizadas em maio e ter formado governo é garantia de que não há risco de derrapagem orçamental. Os analistas destacam o excedente orçamental referente a 2023, assim como a “redução expressiva” da dívida pública, que recuou para 94,9% do PIB em 2024 (123,9% em 2021).

Ainda assim, a contração de 0,5% observada no primeiro trimestre de 2025 na economia nacional sinaliza o provável abrandamento no total do presente ano. O recuo resultou de uma queda na procura externa (redução das exportações e aumento das importações) e do enfraquecimento do consumo privado.

Europa entre o crescimento espanhol e a deterioração alemã

A zona euro deverá crescer igualmente 1,2% em 2025, impulsionada por economias como a de Espanha (2,2%). Ao mesmo tempo, a maior economia do espaço, a Alemanha, ver-se-á afetada pelas tarifas, de tal forma que não deve ir além de um crescimento de 0,1% (para o próximo ano, estima-se uma aceleração até um crescimento de 1%).

A guerra comercial gera volatilidade, sob riscos de os EUA aplicarem unilateralmente tarifas sobre as economias da UE nos setores automóvel e farmacêutico, assim como nos metais e componentes industriais.

Além disso, o aumento dos gastos com defesa por parte das nações europeias, a par de “uma probabilidade superior a 30%” de assistirmos a uma recessão na economia norte-americana, podem mexer com a economia global nos próximos anos.

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