Emigrantes dizem que incentivos anunciados por Costa “não compensam” e “não seduzem minimamente”

O secretário-geral do PS e atual primeiro-ministro António Costa anunciou no sábado, dia 25 de agosto, que o Orçamento do Estado para 2019 terá “incentivos fortes” para fazer regressar a Portugal quem emigrou nos “momentos dramáticos” de 2011 a 2015, desde benefícios fiscais a deduções dos custos do regresso.

“No próximo Orçamento do Estado iremos propor que todos aqueles que queiram regressar, jovens ou menos jovens, mais qualificados ou menos qualificados, mas que tenham partido nos últimos anos e queiram regressar entre 2019 e 2020 a Portugal, fiquem, durante três a cinco anos, a pagar metade da taxa do IRS que pagariam e podendo deduzir integralmente os custos da reinstalação”, declarou Costa, em Caminha, na “Festa de Verão” do PS.

O primeiro-ministro indicou que o Governo quer “criar a oportunidade para que possam voltar, para que possam voltar a contribuir para o desenvolvimento do país”, a pôr “ao serviço do país, todo o seu conhecimento, toda a sua energia, toda a sua força”. E acrescentou: “Quando falamos de jovens, e mesmo de menos jovens, não podemos esquecer que o país viveu momentos dramáticos, em particular entre 2011 e 2015, muitos portugueses foram obrigados a deixar de novo o país para encontrar emprego. A liberdade de circulação é ótima, mas há uma enorme diferença entre a liberdade de partir e o partir pela necessidade de não ter emprego aqui em Portugal”.

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