As empresas portuguesas voltaram a ser vítimas de fraude e com um crescimento de 19 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano passado. Isto significa que 42% das empresas afirmam ter experienciado algum tipo de fraude ou infração este ano, segundo o estudo “Corruption & Fraud Survey 2024” da Deloitte.
O estudo mostra que os ciberataques e o conluio em esquemas de fraude em meios de pagamento foram os mais utilizados este ano, na ordem dos 25% e 14%, respetivamente. “Os inquiridos identificam como principais motivos para estas ocorrências a ineficiência dos sistemas de controlo (46%) e a falta de valores éticos (29%)”, sustenta a análise da Deloitte.
“A fraude e a corrupção continuam a ser um desafio de elevada complexidade tanto para o setor empresarial, como para a sociedade. No caso das empresas, é essencial que estas acompanhem a evolução das ferramentas tecnológicas, nomeadamente incorporando nos seus processos a Inteligência Artificial Generativa (GenAI)”, aponta Gonçalo Quintino, partner da Deloitte.
Ainda assim, o responsável refere que “há ainda espaço para ampliar as capacidades empresariais para dar resposta a situações de fraude e corrupção”.
A própria tecnologia tem-se mostrado uma oportunidade mas também ameaça para as empresas nacionais. Isto porque 97% das empresas considera importante a utilização e adoção de tecnologia na prevenção da fraude e corrupção, enquanto 54% considera que a GenAI é mais útil na prevenção desta.
Contudo, apenas 34% das empresas admite ter instituídas soluções tecnológicas antifraude com integração de meios analíticos. Ainda assim, apenas 29% destes conseguem quantificar a percentagem de potenciais eventos de fraude detetados com recurso a essas ferramentas.
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