O endividamento das empresas privadas atingiu 269,5 mil milhões de euros em julho, o valor mais elevado desde os 269,9 mil milhões de euros registados em março de 2014. Os dados do Banco de Portugal (BdP) publicados esta terça-feira mostram que as empresas do comércio e das indústrias são as que mais contribuem para este endividamento.
De acordo com os dados do regulador bancário, o endividamento das empresas privadas aumentou 1,5 mil milhões de euros em julho face ao mês anterior, tendo aumentado junto do exterior e do setor financeiro, respetivamente, 0,9 e 0,6 mil milhões de euros. Quando comparado com o mês homólogo do ano passado, o endividamento das empresas privadas deu um salto de 5,5 mil milhões de euros.
A fotografia da entidade liderada por Mário Centeno revela que o endividamento foi transversal a todas as empresas em julho. No entanto, foi nas “grandes empresas que se registou o crescimento mais acentuado”, atingindo 75.845 milhões de euros, mais 1,126 mil milhões do que em junho, mas ainda assim 973 milhões abaixo do registado em julho de 2020. As médias empresas atingiram em julho 53,8 mil milhões de euros de endividamento e as pequenas empresas 46,6 mil milhões de euros.
No final de julho, “as empresas do comércio e das indústrias eram as que mais contribuíam para o endividamento das empresas privadas”, realça o regulador bancário, que indica que o seu endividamento representava 17,6% e 17,1% do total. Em valores absolutos, as empresas privados do comércio registavam um endividamento de 47,5 mil milhões de euros e as das indústrias 46,1 mil milhões. de euros.
Seguiam-se as empresas dos setores das atividades imobiliárias (11,7%) e da eletricidade, gás e água (10,2%).
Endividamento da economia cai ligeiramente
O endividamento da economia – que inclui administrações públicas, empresas e particulares – diminuiu 1,2 mil milhões de euros em julho em relação ao mês anterior, para 761,3 mil milhões de euros. Esta queda ligeira resultou sobretudo da diminuição do endividamento do do setor público para 347,3 mil milhões de euros, sobretudo junto do exterior.
Pelo contrário, o endividamento do setor privado, que inclui as empresas privadas e particulares aumentou dois mil milhões de euros, para 414,0 mil milhões de euros. O endividamento dos particulares que subiu para 144,5 mil milhões de euros, aumentou junto do setor financeiro 0,5 mil milhões de euros face a junho.
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