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Espanha: Governo autoriza compra de 10% da Telefónica

O Executivo liderado por Pedro Sánchez já tinha avançado em novembro com a possibilidade de regressar ao capital da Telefónica, algo que irá fazer com que se torne o maior acionista da companhia.
20 Dezembro 2023, 09h36

O Governo espanhol vai avançar para a compra de 10% da Telefónica de forma a dar “maior estabilidade acionista” à operadora de telecomunicações, avança a imprensa do país-vizinho.

O Executivo liderado por Pedro Sánchez deu ordem à companhia estatal Sepi para adquirir uma percentagem até 10% da Telefónica, concretizando assim uma pretensão que tinha sido avançada em novembro e que passava pelo regresso do Governo ao capital da operadora.

Esta terça-feira, o Conselho de Ministros deu o aval à entrada da Sepi no capital da Telefónica com uma participação avaliada, de acordo com os preços de mercado, em pouco mais de dois mil milhões de euros. Assim, o Estado converte-se no maior acionista da multinacional de telecomunicações, algo que não acontecia desde fevereiro de 1997.

Em Espanha avançam que esta operação pode ser rentável para o Governo espanhol já que esta movimentação fixa em 4,3 euros a valorização dos títulos da Telefónica, mais 20% do que os níveis atuais.

Atualmente, as ações da Telefónica estão a negociar nos 3,73 euros com uma valorização de 4,77%.

Recorde-se que a principal empresa de telecomunicações da Arábia Saudita, a Saudi Telecom (STC), comprou, em setembro, 9,9% do capital da Telefónica, tornando-se a maior acionista da companhia espanhola. Ainda na Europa, comprou a empresa de torres móveis United Group que opera na Bulgária, Croácia e Eslovénia.

Segundo a notícia da agência noticiosa, outras companhias e alguns fundos de private equity têm estado a avaliar o negócio, que opera sob a marca MEO, e poderão ainda apresentar propostas iniciais (não vinculativas) antes do Natal, disse uma das fontes contactadas pela Bloomberg.

Os potenciais proponentes poderão avaliar a Altice Portugal em cerca de 7 mil milhões de euros  a 9,5 mil milhões de euros, segundo a mesma fonte.

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