O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), principal órgão de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, anunciou esta quarta-feira um aumento da taxa de juro diretora, confirmando uma decisão que era prevista pela grande maioria de analistas e investidores.
Após a reunião de dois dias, a primeira liderada pelo novo chairman Jerome Powell, o Comité anunciou em comunicado que decidiu aumenta a federal funds rate em 0,25 pontos base para um intervalo entre 1,5% e 1,75%.
Trata-se do primeiro aumento este ano. No ano passado, ainda sob a liderança de Janet Yellen, a Fed aumentou as taxas de juro três vezes e sinalizou que irá seguir o mesmo ritmo em 2018.
No entanto, a reforma fiscal e outros incentivos económicos implementados pela administração de Donald Trump poderão levar a economia norte-americana a sobreaquecer, criando pressão inflacionária e um escalar das yields da obrigações soberanas (as Treasuries), um mistura que poderá levar a Fed a acelerar o ritmo de subidas nas taxas.
No comunicado emitido esta quarta-feira, a Fed salientou que “as perspetivas económicas têm melhorado nos últimos meses”, e repetiu a linguagem utilizada após as reuniões anteriores sobre o percurso das taxas de juro no futuro. “O Comité espera que, com mais ajustes graduais à posição da política monetária, a atividade económica irá expandir a passo moderado a médio prazo e que as condições no mercado de trabalho permaneçam fortes”.
Em relação à inflação, afirmou que, numa base de 12 meses, deverá aumentar nos próximos meses e estabilizar perto dos 2%, que é o mandato da Fed.
O banco central analisou as tendências recentes da economia, frisando que o mercado laboral tem continuado a ganhar força, com ganho fortes de emprego nos últimos meses e com a taxa de desemprego a permanecer baixa.
O foco vira-se agora para o discurso e conferência de imprensa de Powell às 18h30.
[Atualizada às 18h11]
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