O Estado e as famílias residentes em Portugal pouparam, no ano passado, 670,5 milhões de euros com medicamentos genéricos. Os números foram dados a conhecer esta sexta-feira pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) em parceria com o contador online no site da EQUALMED, que apontam para um montante recorde e que traduz um aumento de 90 milhões face aos números de 2023.
Entre 2011 e 2024, os MG, sigla pela qual são estes medicamentos identificados nas embalagens, permitiram libertar recursos num total de 6.530 milhões de euros.
“A cada segundo que passa, a dispensa de Medicamentos Genéricos (MG) nas farmácias comunitárias gera um valor de 21,20 euros às famílias portuguesas e ao Estado. Em 2024, os MG permitiram alocar à saúde um financiamento superior a 670,5 milhões de euros, quase mais 90 milhões do que em 2023, o que corresponde a um crescimento de 15,4%. Este é o número mais alto de sempre em 14 anos de contabilização”, referem as entidades no relatório conjunto.
De acordo com o contador online no site da EQUALMED, criado há cinco anos através de uma parceria entre a Associação Nacional das Farmácias (ANF) e a Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde (EQUALMED), nestes dois primeiros meses já foram libertados mais de 106 milhões de euros.
Classificando os MG como “tecnologias de saúde imprescindíveis para o SNS”, João Paulo Nascimento, presidente da EQUALMED, sublinha que esta opção promove a “equidade em saúde, ao garantir o acesso universal, tendo em conta as necessidades da população”.
“Num cenário marcado pela progressiva longevidade e pelo aumento das doenças crónicas, tendência que se tem intensificado no crescimento dos encargos farmacêuticos, os MG têm um impacto social direto a longo prazo que vai muito além das poupanças. No plano da acessibilidade, os MG reduzem as desigualdades, ampliam a cobertura e a adesão terapêutica. Na cadeia de fornecimento, permitem o abastecimento de fármacos essenciais e garantem um mercado mais competitivo, o que gera benefícios para os sistemas de saúde poderem reinvestir mais verbas noutros cuidados”, explica o mesmo responsável.
Segundo João Paulo Nascimento, citado no mesmo relatório, os MG “permitem uma gestão mais eficiente dos recursos, o que fomenta a sustentabilidade dos orçamentos da saúde”.
Em 2023, os MG permitiram alocar à saúde um financiamento superior a 580 milhões de euros, mais 71,6 milhões do que no ano anterior.
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