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Medicamentos Genéricos libertaram valor superior a 580 milhões em 2023

“A dispensa de medicamentos genéricos permitiu uma poupança para o Estado e para os utentes no valor de 580 milhões de euros, o número mais alto de sempre em treze anos”, sublinha a presidente da Associação Nacional das Farmácias.
2 Março 2024, 21h08

Em 2023, os medicamentos genéricos permitiram alocar à saúde um financiamento superior a 580 milhões de euros, mais 71,6 milhões do que em 2022, o que corresponde a um crescimento de 14,1%.

Estes são dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), e do contador online no site da Apogen, lançado em 2020 através de uma parceria entre a Associação Nacional das Farmácias (ANF) e a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen), que, em 2024, já regista até hoje um valor superior a 96 milhões de euros.

Em comunicado a ANF e a Apogen realçam que “a cada segundo que passa, a dispensa de Medicamentos Genéricos (MG) gera um valor de 18,42 euros às famílias portuguesas e ao Estado nas farmácias comunitárias”.

Este é o número mais alto de sempre em 13 anos de contabilização. No total, entre 2011 e 2023, os MG já permitiram libertar recursos no valor de 5.860 milhões de euros.

Segundo a Health Market Research (HMR), em 2023, foram dispensadas cerca de 108 milhões de embalagens de MG nas farmácias comunitárias, o que corresponde a um crescimento de 5,7% face ao ano anterior.

A Apogen, representada pela Presidente Maria do Carmo Neves, defende que “estas terapêuticas mais custo-efetivas garantem o maior acesso à saúde, aumentam o acesso à inovação e contribuem para a redução das desigualdades sociais, assim como permitem a prevenção da doença e o aumento da esperança média de vida”.

“O valor gerado, ano após ano, reflete o papel destas alternativas terapêuticas na economia, na saúde e na coesão social, principalmente numa altura em que o controlo da despesa pública com medicamentos é uma dimensão indispensável para assegurar a sustentabilidade e a eficiência financeira do SNS”, acrescenta.

“De modo a viabilizar as mais-valias dos medicamentos genéricos e biossimilares e os resultados gerados no círculo virtuoso da sustentabilidade da saúde, é fundamental a criação de condições de previsibilidade e de atratividade deste setor estratégico, especialmente num período em que são relatadas barreiras no acesso devido à atual escassez de diversas apresentações no mercado”, conclui Maria do Carmo Neves.

Já a presidente da Associação Nacional das Farmácias, Ema Paulino, salienta que “as farmácias portuguesas são um parceiro essencial na defesa das políticas de saúde que promovem a introdução dos medicamentos genéricos, essenciais para a sustentabilidade do sistema de saúde”.

“Congratulamo-nos com os resultados obtidos em 2023, que indicam que a dispensa de medicamentos genéricos permitiu uma poupança para o Estado e para os utentes no valor de 580 milhões de euros, o número mais alto de sempre em treze anos”, sublinha a presidente da Associação Nacional das Farmácias.

Ema Paulino entende que “podemos fazer mais e para continuar a estimular o crescimento da sua quota de mercado é essencial que se proceda à revisão do modelo de incentivos à dispensa de medicamentos genéricos às farmácias, através da atualização dos critérios do regime vigente, proposta que a ANF tem apresentado como estratégica para estimular a promoção do acesso ao medicamento”.

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