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Estudo da OIT: Portugal é o país com mais contratos de trabalho inferiores a um ano

Os contratos com uma duração de seis meses ou menos representava quase 50% dos contratos de trabalho temporários em Portugal, de acordo com o ‘World Employment and Social Outlook’, publicado esta quarta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT),
13 Fevereiro 2019, 13h21

Portugal é o país com maior número de contratos de trabalho com uma duração menor a um ano, num grupo de 18 países europeus, à frente de Espanha e Holanda. A conclusão é do ‘World Employment and Social Outlook’, publicado esta quarta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se debruça sobre as perspetivas sociais e de emprego no mundo este ano.

“Os contratos de trabalho temporários desse tipo [com pelo menos dois anos de duração] representaram mais de um terço do emprego temporário na Alemanha, Áustria e Dinamarca, em comparação com menos de 10 por cento em França, Espanha e Portugal”, refere o relatório.

Segundo os dados analisados pela OIT, os contratos com uma duração de seis meses ou menos representava quase 50% dos contratos de trabalhos temporários em Portugal.

Fonte: WESO 2019, OIT

“Assim, em 2017, os contratos de trabalho temporários com duração de seis meses ou menos representavam mais de metade de todos os contratos temporários na Bélgica, Finlândia, Itália e Espanha, mas apenas 15% dos empregos temporários na Alemanha e menos de 30% na Áustria, na Dinamarca e no Reino Unido. Da mesma forma, é no último grupo de países que é mais propenso ser oferecido aos trabalhadores contratos de trabalho temporário com uma duração de pelo menos dois anos”, acrescenta o relatório.

De acordo com o relatório o principal desafio do mercado laboral a nível global é a qualidade do emprego, com um elevado número de postos de trabalho a não garantirem a segurança económica e um nível de vida adequado aos trabalhadores.

“Em 2018, a maioria dos 3.330 milhões de pessoas empregadas no mundo sofreram défices de bem estar material, de segurança económica e de igualdade de oportunidades, e careceram de um nível suficiente de desenvolvimento humano”, assinala o relatório, que acrescenta: “Ter emprego nem sempre garante condições de vida dignas”.

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