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Etiópia saúda como “grande momento” a sua adesão aos BRICS

O Governo da Etiópia saudou hoje como um “grande momento” a entrada do país no grupo de economias emergentes BRICS, durante a 15ª cimeira realizada pelo bloco das economias emergentes esta semana em Joanesburgo.
epa10813792 South African President Cyril Ramaphosa speaks during the 15th BRICS Summit, in Johannesburg, South Africa, 22 August 2023. South Africa is hosting the 15th BRICS Summit, (Brazil, Russia, India, China and South Africa), as the group’s economies account for a quarter of global gross domestic product. Dozens of leaders of other countries in Africa, Asia and the Middle East are also attending the summit. EPA/KIM LUDBROOK
24 Agosto 2023, 10h44

O Governo da Etiópia saudou hoje como um “grande momento” a entrada do país no grupo de economias emergentes BRICS, durante a 15ª cimeira realizada pelo bloco das economias emergentes esta semana em Joanesburgo.

“Um grande momento para a Etiópia, uma vez que os líderes do BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] aprovaram hoje a nossa entrada no grupo”, sublinhou o o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, na rede social X (antigo Twitter).

“A Etiópia está pronta para cooperar com todos para uma ordem global próspera e inclusiva”, acrescentou.

O país africano foi escolhido juntamente com a Argentina, a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Irão para se tornar “membro de pleno direito” dos BRICS a partir de 1 de janeiro de 2024.

“Como cinco membros dos BRICS, concordámos com os princípios orientadores, normas, critérios e procedimentos do processo de expansão” deste grupo de economias emergentes, anunciou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, o anfitrião da cimeira, no último dia da reunião.

Ramaphosa sublinhou ainda que houve um “consenso sobre a primeira fase deste processo de expansão”, em declarações proferidas numa conferência de imprensa conjunta com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que representou Vladimir Putin em Joanesburgo.

Cerca de 40 países manifestaram o desejo de aderir ao grupo, de acordo com o Governo sul-africano, que detém este ano a presidência rotativa do bloco e recebeu as “manifestações formais de interesse” de 23 países, incluindo Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras e Venezuela.

A China apoiou especialmente o alargamento dos BRICS, que procuram ganhar mais peso nas instituições internacionais até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul aderiu em 2010, acrescentando a letra S ao acrónimo.

O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) global e 18% do comércio mundial.

 

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