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EUA dão 1 milhão de dólares a Angola para replicar modelo do Corredor do Lobito

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) vai dar um milhão de dólares a Angola para criar uma unidade que permita replicar o modelo seguido no Corredor do Lobito, foi hoje anunciado.
epa11004459 US President Joe Biden (R) meets with President of Angola Joao Manuel Goncalves Lourenco (L) in the Oval Office of the White House in Washington, DC, USA, on 30 November 2023. EPA/Yuri Gripas / POOL
6 Dezembro 2024, 07h25

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) vai dar um milhão de dólares a Angola para criar uma unidade que permita replicar o modelo seguido no Corredor do Lobito, foi hoje anunciado.

“O Ministério dos Transportes de Angola e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) assinaram hoje, em Luanda, um Memorando de Entendimento (MOU) que visa fortalecer as capacidades do setor dos transportes e das infraestruturas, através de uma parceria estratégica que inclui a doação de 1 milhão de dólares [940 mil euros] por parte da USAID”, lê-se num comunicado distribuído hoje em Luanda.

Anunciado no seguimento da visita do Presidente dos Estados Unidos a Angola, esta semana, a doação pretende “replicar o modelo de sucesso do Corredor do Lobito em novos projetos estratégicos, reforçando o papel de Angola no desenvolvimento regional e global”, nomeadamente através da “criação de uma Unidade de Gestão de Projetos, Concessões e Parcerias Público-Privadas (UGPCP), que vai ser responsável pela identificação, preparação, monitorização e gestão de projetos críticos no domínio das infraestruturas”.

No comunicado, explica-se que a agência norte-americana vai assegurar assistência técnica e financeira para a capacitação desta unidade, enquanto o Ministério dos Transportes angolano garante os recursos logísticos e humanos necessários à sua implementação.

“Entre os projetos prioritários destacam-se o Corredor Sul, ou Corredor do Namibe, e o Terminal de Águas Profundas do Caio, em Cabinda, cujos concursos internacionais serão lançados em breve, após a conclusão dos trabalhos preparatórios”, diz o executivo angolano.

Com uma duração inicial de 24 meses, o memorando prevê a formação de 11 especialistas para integrar a UGPCP, o lançamento de novos projetos de concessão e a implementação de soluções inovadoras que posicionem Angola como referência em infraestruturas e parcerias público-privadas no continente, na sequência do interesse que o Corredor do Lobito tem atraído entre os investidores internacionais.

O acordo foi assinado pelo ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, e a Subsecretária de Estado dos Estados Unidos para os Assuntos Africanos, Mary Catherine Molly Phee.

O Corredor do Lobito é o primeiro corredor económico estratégico lançado sob a égide da Parceria para as Infraestruturas e Investimento Global do G7 (PGI), em maio de 2023, a que se seguiu a assinatura de uma declaração conjunta entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA), à margem da Cimeira do G20 de setembro de 2023 em Nova Deli, de apoio ao desenvolvimento do Corredor.

Em outubro do ano passado, durante o Fórum Global Gateway, a UE e os EUA assinaram – em conjunto com Angola, a RDCongo, a Zâmbia, o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB) e a Corporação Financeira Africana (AFC) – um Memorando de Entendimento (MoU) para definir os papéis e objetivos para a expansão do Corredor.

A AFC é a promotora principal do projeto que vai ligar os três países africanos, e prevê-se que a linha férrea a modernizar, na parte que já existe, e completar, crie benefícios económicos de aproximadamente 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) para os países, reduza as emissões atmosféricas em cerca de 300 mil toneladas por ano, e crie mais de 1.250 postos de trabalho durante a sua construção e as operações.

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