Novos dados indicam que há 23 mil alunos sem aulas desde o início do ano letivo a, pelo menos, uma disciplina por falta de professores. Um novo estudo do Edulog, o think tank para a educação da Fundação Belmiro de Azevedo, mostra que este é um número que se vai acentuar no virar da próxima década.
A análise “Reservas de professores sob a lupa: antevisão de professores necessários e disponíveis” identifica o desequilíbrio entre o número de professores disponíveis para dar aulas e aqueles que o sistema educativo necessita atualmente. O Edulog evidencia que, caso Portugal se mantenha no rumo atual, a falta de professores com habilitação profissional vai estender-se a todas as disciplinas já em 2031, ou seja, daqui a seis anos.
Será entre 2026 e 2030 que a escassez de docentes se vai começar a pronunciar, isto num momento em que as reservas ficarão em risco de esgotar. O estudo mostra que daqui a menos de dois anos, alguns grupos de recrutamento já vão entrar em défice estrutural e, em 2031, vai chegar aos restantes, com exceção dos professores de educação física.
Mesmo com um aumento da formação de docentes, só se iriam observar resultados em 2029. Tempo que o think thank considera precioso para mitigar a perda de educadores, nomeadamente para a reforma.
Conta a Edulog que a falta de docentes já se faz sentir desde 2021, quando já se observavam ausências por licença ou baixa médica, além das ausências permanentes. Também o número de dias sem aulas por falta de professores – pelas razões anteriormente enumeradas -, vai aumentar exponencialmente, com 8.700 professores por colocar em vagas permanentes e à falta de 15.700 docentes para substituir colegas ausentes. Esta realidade será mais sentida no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário.
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