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Fed: Confiança nos cortes das taxas de juro diminui com aumento da inflação

A inflação norte-americana subiu para 3,5% em março, depois de em fevereiro ter-se estabelecido nos 3,2%. Esta subida superou as expectativas dos economistas e preocupa os investidores sobre quando a Fed poderá começar os cortes das taxas de juro.
10 Abril 2024, 20h13

A inflação dos Estados Unidos subiu mais do que o esperado em março, tendo chegado aos 3,5%, depois de em fevereiro ter-se estabelecido nos 3,2%. Este valor surpreendeu os economistas, que apontavam para que a inflação ficasse nos 3,4%.

Esta subida da inflação coloca alguma pressão na Reserva Federal (Fed) norte-americana, que no ano passado colocou a meta de 2% de inflação para iniciar os cortes nas taxas de juro.

No ano passado o país registou quedas na inflação, tendo os investidores criado expectativas sobre a possível descida das taxas de juro. No entanto, os dados de março começam a afastar essa possibilidade, uma vez que a taxa de inflação subiu, assim como a inflação subjacente, que aumentou 3,8% face a março do ano passado.

Segundo a “Reuters”, os números de março vão, provavelmente, aumentar as dúvidas da Fed sobre um possível corte em breve nas taxas, numa economia que continua a crescer acima da tendência e produz empregos suficientes para manter o desemprego baixo.

Perante estes dados, os investidores perderam as esperanças de um corte em junho, apontando agora para setembro. Preveem também que a Fed reduza a sua taxa de juro de referência overnight em apenas meio ponto percentual este ano, um valor que fica abaixo das expectativas.

Na semana passada, o presidente da Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou à “Reuters” que mais um mês de dados dececionantes, após leituras acima do esperado em janeiro e fevereiro poderia alterar significativamente as coisas.

Vão ainda ser conhecidas, nesta quarta-feira, as atas da última reunião da Fed. O encontro terminou sem qualquer alteração nas taxas de juro, no entanto, é esperado que a partir deste documento os investidores tenham pistas sobre o que possa acontecer.

No mês passado a Fed voltou a não mexer nas taxas de juro, que se encontram entre 5,25% e 5,50%. Apesar de não ter mexido neste indicador, o banco central deixou clara a sua intenção de baixar as taxas de juro em 75 pontos base, pretendendo fazer três cortes durante este ano.

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