Depois da forte queda da sessão de quinta-feira e da recuperação na sexta, os investidores entraram para esta nova semana bastante mais cautelosos face às perspectivas da economia, derivado das incertezas quanto a uma nova vaga da pandemia de Covid-19. Daí que na abertura os índices norte-americanos tenham averbado perdas que chegaram a atingir os -2,5% de desvalorização.
Contudo, o sentimento inverteu logo nos primeiros minutos da sessão e nunca mais revisitou os níveis iniciais, encetando uma caminhada ascendente que levou o principal índice a ganhar mais de 1%, que fechou um pouco abaixo, nos 0,8% de ganho.
Ao nível dos sectores, e apesar de subidas muito residuais nas energéticas e no sector da saúde, o certo é que nenhum perdeu valor, com as financeiras a registarem as valorizações mais expressivas ao amealharem 1,62%. A razão para tal foi a mesma que levou o mercado a inverter o sentimento, i.e., o facto de a FED ter indicado que vai prosseguir com a intenção de comprar obrigações corporativas, o que vai aliviar os balanços do sector financeiro, a braços com bastantes obrigações empresariais que poderiam perder valor dada a situação económica, mas com o apoio do banco central as forças da oferta e da procura estarão mais niveladas.
Para além deste benefício, a acção da FED funcionou como uma recordação de que os estímulos estão para ficar e de que não faltará suporte para as empresas nesta fase mais complicada, o que pelo menos por um dia foi o suficiente para transformar um pesadelo num dia agradável para os touros. De realçar a queda do dólar americano, -0,4%, contra um cabaz de outras moedas principais, o que também funcionou como pressão positiva para o mercado accionista.
O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é 1 hora.
O principal índice esteve ontem sob a influência de um padrão de duplo fundo com a divergência no stochastic (linhas azuis).
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