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Fed não vai cortar juros até que inflação caia de forma sustentada até 2%

A Reserva Federal norte-americana não irá reduzir as taxas de juro até ter a certeza de que a inflação irá cair “de forma sustentável” em direção ao objetivo de 2%, segundo a ata da reunião de janeiro publicada hoje.
21 Fevereiro 2024, 21h59

A Reserva Federal norte-americana não irá reduzir as taxas de juro até ter a certeza de que a inflação irá cair “de forma sustentável” em direção ao objetivo de 2%, segundo a ata da reunião de janeiro publicada hoje.

Os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) concordaram por unanimidade que não esperavam que fosse “apropriado” reduzir as taxas até que tivessem ganho “maior confiança de que a inflação está a mover-se de forma sustentável em direção a 2%”.

“Todos os membros afirmaram o firme compromisso com o regresso da inflação ao objetivo de 2%”, lê-se na ata da reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), realizada nos dias 30 e 31 de janeiro, na qual o banco central decidiu manter as taxas no intervalo entre 5,25% e 5,5%, o nível mais elevado desde 2001.

Os membros do FOMC também assinalaram que os preços diminuíram ao longo do ano passado, com melhorias tanto na inflação global como na inflação subjacente, mas continuam “preocupados” e irão “avaliar cuidadosamente” os dados económicos.

A taxa de inflação nos Estados Unidos voltou a cair em janeiro, depois de ter subido em dezembro, para 3,1%. A inflação subjacente, um dado fundamental que a Reserva Federal analisa para as decisões sobre taxas de juro, manteve-se em 3,9% em termos homólogos.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na conferência de imprensa após a última reunião, que se a economia evoluir “amplamente como esperado, provavelmente será apropriado começar a reduzir as taxas em algum momento deste ano”.

“A nossa taxa diretora está provavelmente no seu pico para este ciclo de aperto”, disse.

A decisão do Fed ocorreu poucos dias depois de os Estados Unidos anunciarem que fecharam 2023 com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,1%, um valor superior ao estimado pelos economistas e superior aos 2,1% do crescimento registado em 2022, ano em que sofreu uma recessão técnica.

O PIB é um dos dados que o regulador analisa de perto, a par do desemprego, que em janeiro se manteve nos 3,7% pelo terceiro mês consecutivo.

A criação líquida de novos empregos voltou a aumentar no primeiro mês do ano e foram criados 353 mil, mais 20 mil do que os gerados no mês anterior, um número que mostra que o mercado de trabalho não está a arrefecer.

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