O secretário geral adjunto da FENPROF, José Filiciano, defendeu a valorização da carreira dos professores, num momento em que os alunos começam o segundo período escolar marcado pela ausência de docentes.
“A questão da desvalorização da carreira tem anos e portanto o que tem acontecido é que ao longo dos últimos dez, quinze anos o facto da carreira estar desvalorizada fez com que os jovens não venham para a carreira”, sublinhou ao Jornal Económico José Filiciano, apontando que “a saída para isto é a valorização da carreira”.
Entre os problemas que a carreira de docente enfrenta, estão os “15 mil professores que abandonaram a carreira”, bem como as aposentações. “O impacto da aposentação de docentes no primeiro período letivo, ou seja, em quase 20% das escolas muita desta falta de professores teve ligada à aposentação. Na maior parte dos casos agravou a falta já existente de professores”, destacou.
Quando à falta de professores neste arranque escolar, o secretário geral adjunto da Fenprof referiu que “os factos validados de facto diz que são capazes de ser 40 a 50 mil alunos que neste momento não têm todos os professores”.
Segundo Filiciano “existe também uma percentagem significativa que não tiveram durante o primeiro período uma disciplina”. “41,3% das escolas é que conseguiram completar o corpo docente até final de setembro, ou seja, mais de metade das escolas, cerca de 60%, não conseguiram completar o corpo docente”.
O secretário geral adjunto apontou que a falta de professores é uma “situação que se arrasta pelo ano letivo inteiro” e que em alguns casos esta ausência foi colmatada “recorrendo a professores sem habilitação profissional”.
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