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First Republic intervencionado pelos reguladores e vendido ao JP Morgan

O regulador financeiro californiano tomou posse do First Republic, resultando na terceira falência de um banco americano desde março.
1 Maio 2023, 09h42

Mais um banco norte-americano intervencionado e resolvido. O JP Morgan vai ficar com os ativos do First Republic após o Banco ter sido ser tomado pelo regulador financeiro da Califórnia.

O regulador financeiro californiano tomou posse do First Republic, resultando na terceira falência de um banco americano desde Março, depois de ter falhado um último esforço para persuadir os bancos concorrentes a aguentarem o banco que estava em dificuldades.

O JP Morgan Chase Bank assumirá todos os depósitos, incluindo os depósitos não segurados pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) e “substancialmente todos os activos” do banco, de acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia.

A solução encontrada faz lembrar a solução que foi encontrada pelos reguladores suíços para o Credit Suisse e que passa pelo rival UBS ir lançar uma oferta pública sobre o banco em dificuldades. E é semelhante à que em Portugal foi adoptada para o Banif quando os ativos e passivos foram comprados pelo Santander Totta.

O Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia disse que tomou posse do banco e nomeou a Federal Deposit Insurance Corporation como liquidatária. O FDIC aceitou a oferta do JP Morgan pelos ativos do banco.

“Como parte da transação, os 84 escritórios do First Republic Bank em oito Estados serão reabertos como filiais do JPMorgan Chase Bank, National Association, hoje durante o horário comercial normal”, disse o FDIC em comunicado.

“Todos os depositantes do First Republic Bank se tornarão depositantes do JPMorgan Chase Bank, National Association, e terão acesso total a todos os seus depósitos”, revela a instituição que garante os depósitos.

Jamie Dimon, presidente e CEO do JPMorgan, disse que esta aquisição minimizou os custos para o Deposit Insurance Fund.

“O nosso governo convidou-nos, a nós e a outros bancos, a dar um passo em frente, e nós demos”, afirmou numa declaração ao mercado. “Esta aquisição beneficia modestamente o JP Morgan em geral, é positiva para os acionistas, ajuda a avançar com a nossa estratégia de gestão de património e é complementar à nossa marca”, acrescentou o CEO.

O First Republic desencadeou uma nova onda de preocupação com a revelação de que perdeu mais depósitos no primeiro trimestre do que se temia inicialmente.

Desde o súbito colapso do Silicon Valley Bank, em Março, as atenções centraram-se no First Republic como o elo mais fraco do sistema bancário dos EUA. Tal como o SVB, que servia a comunidade das empresas tecnológicas em fase de arranque, o First Republic era também uma espécie de banco especializado com sede na Califórnia. Concentrava-se em gerir fortunas dos americanos ricos da costa, seduzindo-os com hipotecas a taxas baixas em troca de deixarem dinheiro depositado no banco, segundo o CNBC.

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