O primeiro dia da greve dos médicos, agendada para terça e quarta-feira, ficou marcado pela adesão na ordem de 95%. Hoje mesmo, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) apresentou, no ministério da Saúde, os princípios de uma contraproposta, após 15 meses de negociações.
Em comunicado, a federação garante que os médicos portugueses são dos mais mal pagos da Europa e as condições de trabalho são cada vez mais precárias. Assim sendo, o seu propósito passa por mudar o paradigma existente. É neste contexto que aponta “falta de empenho e competência” da parte do ministério no sentido de “entregar propostas capazes de dignificar as carreiras médicas e salvaguardar o futuro do SNS”.
O organismo reforça que pretende ver um “aumento salarial digno”, de forma a fazer face à perda de poder de compra. A esta exigência, soma-se o horário semanal de 35 horas de trabalho, assim como a reposição das 12 horas semanais como horário normal do serviço de urgência.
Neste momento, reitera a FNAM, “o SNS caminha sobre uma camada de gelo fino, seguro pela dedicação dos médicos, com abuso de horas extraordinárias e do trabalho dos médicos internos”. Ao mesmo tempo, a FNAM recorda situações de “prepotência administrativa e o unilateralismo negocial” da parte do ministério e deixa claro que o resultado disto é nefasto para os serviços de saúde.
Trata-se de “decisões sucessivas que destroem as carreiras médicas e reforçam o exílio dos médicos para o privado e para fora do país”, sublinha a mesma federação.
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