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Fuga da Prisão: Sistema de Segurança Interna exclui encerramento de fronteiras

O diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Rui Abrunhosa Gonçalves, considerou que “houve falhas de segurança”, na fuga de cinco pessoas da prisão de Vale dos Judeus, e admitiu que faltam guardas prisionais, e que este problema é transversal a todas as prisões do país.
8 Setembro 2024, 12h00

O secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna (SSI), Manuel Vieira, excluiu o encerramento total de fronteiras entre Portugal e Espanha, na sequência da fuga de cinco pessoas da prisão de Vale dos Judeus, referindo que não se trataria de uma medida “proporcional nem adequada”. O diretor-geral da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) diz que faltam guardas prisionais e que problema é geral em todas as prisões do país.

Manuel Vieira disse que “nunca foi equacionado” o encerramento total de fronteiras.

O secretário-geral do SSI salientou que as forças de segurança estabeleceram “medidas adequadas” para se fazer o controlo de circulação nas estradas, nomeadamente a realização de operações de segurança, como por exemplo operações STOP, neste caso com “maior intensidade em zonas em que se estima que os fugitivos se possam dirigir”.

O diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Rui Abrunhosa Gonçalves, excluiu nesta altura se demitir do cargo, contudo avançou que se a confiança em si depositada “não existir não vai estar à espera “que me digam para sair”, reforçando que “eu próprio sairei”.

Rui Abrunhosa Gonçalves salientou que se não tiver havido ninguém de vigilância, nas câmaras de segurança que existiam na prisão de Vale dos Judeus, isso tratar-se-ia de uma falha.

O diretor-geral da DGRSP considerou que “houve falhas de segurança”, nesta fuga da prisão de Vale dos Judeus, e que dois dos escapados fugiram por um local onde existia um guarda de segurança.

Rui Abrunhosa Gonçalves confirmou que são necessários mais guardas prisionais, não por causa da fuga da prisão, e reforçou que a falta de guardas prisionais é um problema geral a todas as prisões do país. Contudo o diretor-geral da DGRSP disse que no sábado estava um número normal de guardas, face ao dia da semana.

Rui Abrunhosa Gonçalves salientou que foi pedido ao Governo a abertura de um concurso para 225 guardas prisionais, e salientou que o processo de contratação pode demorar cerca de um ano.

O diretor-geral da DGRSP disse também que o corpo da guarda prisional “está em parte envelhecida”, e que os 225 guardas prisionais ajudariam a atenuar, em parte, o problema da falta de guardas prisionais.

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