Artigo originalmente publicado no caderno NOVO Economia de 22 de julho, com a edição impressa do Semanário NOVO.
A Apex é uma empresa de investimento especializada em desporto, media e entretenimento. Uma comunidade de 70 investidores que procuram perpetuar o seu nome através da participação ativa para melhorar o contexto em que são estrelas dentro do campo.
Investir enquanto está no ativo e numa área que conheça e em que possa trazer know-how: este é o conselho e o desafio que deixa António Caçorino, cofundador e CEO da Apex, em entrevista ao NOVO Economia. E o que é a Apex? É uma empresa de investimento de origem portuguesa especializada em desporto, média e entretenimento que já investiu em mais de dez empresas e trabalha com mais de 70 atletas de várias modalidades diferentes. “O futuro atleta vai ter um papel de stakeholder com participações minoritárias mas vão ser investidores e donos do futuro do desporto e empurrarem o desporto para onde eles acham que tem de ir”, explica.
Agora, chegou o tempo do atleta-investidor e se este quer deixar uma marca na área que ama e onde é protagonista, sabendo que poucos deixam o lastro de Cristiano Ronaldo ou de Kevin Durant, esta é uma forma de manterem o seu nome ativo no mercado.
“Os atletas têm cada vez mais essa vontade porque correm o risco de ficarem esquecidos quando se retiram. É exatamente quando estão no pico que devem começar a envolver-se e criar essa marca enquanto investidores e empreendedores”, explica este especialista nesta entrevista. E porquê no desporto e não noutra área? António Caçorino realça que é aqui que o atleta tem contactos e um conhecimento único na indústria.
“Os atletas têm cada vez mais opiniões sobre a forma de melhorar os modelos de competição em que estão envolvidos e se puderem, devem investir não só com o capital mas também com o conhecimento que têm”. E se na Europa, o receio ainda está generalizado, nos EUA vive-se o sentimento oposto,
“Na Europa e no futebol tivemos uma barreira de medo por parte de alguns atletas. Trabalhamos com mais de 70 atletas e com 90% deles temos contacto direto até por WhatsApp. Pilotos de F1, tenistas, jogadores de futebol, jogadores da NBA, jogadores de golfe. Na Europa há quase sempre intermediários e nos EUA essa relação é direta com os atletas. No futebol têm muito medo e não é medo de perder dinheiro; é de que saia uma notícia em que eles são associados a um mau investimento”.
Explica este cofundador da Apex que “temos uma autêntica comunidade de mais de 70 atletas investidores que discutem juntos e investem em parceria também: um jogador de futebol que se junta a um jogador da NBA por exemplo: investem numa empresa com potencial financeiro mas também desportivo. É uma comunidade de atletas empreendedores e aqui estamos nós, uma empresa portuguesa no centro disto; é sempre bom”, conclui António Caçorino, realçando a importância, para a sociedade, de os atletas darem o seu contributo como investidores.
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