Generali não tinha exposição ao falido Silicon Valley Bank, afirma CFO da seguradora (com áudio)

A Generali, que detém a Tranquilidade, não tinha exposição ao Silicon Valley Bank, que colapsou na sexta-feira passada. A garantia foi dada pelo administrador financeiro da seguradora, Cristiano Borean, durante a conferência de imprensa de resultados, citado pela “Reuters”.

Neste encontro com os jornalistas, os responsáveis da companhia explicaram as contas de 2022, quando os lucros subiram 2,3% para 2,91 mil milhões de euros, apesar de ter registado um impacto negativo de 154 milhões de euros devido aos investimentos na Rússia.

Já o resultado operacional aumentou 11,2% para 6,5 mil milhões de euros, com a subida das taxas de juro a impulsionar o desempenho do ramo vida. Foi o mais elevado de sempre, ficando também acima das expectativas dos analistas consultados pela “Reuters”, que estimavam 6,19 mil milhões de euros para o conjunto do ano passado.

O rácio de solvência, que mede a robustez financeira da Generali, fixou-se nos 221% no final de 2022. Na conferência de imprensa, Philippe Donnet, presidente executivo da Generali, afirmou que “há uma crise todos os anos”, sublinhando que “a nossa excelente solvência, que resulta de um modelo de negócio muito diversificado, tem permitido superar todas as crises dos últimos sete anos”.

Com base nestes resultados, a Generali vai propor o pagamento de um dividendo de 1,16 euros por ação, o que representa um aumento de 8,4% em comparação com 2021.

O Silicon Valley Bank, o 16.º banco norte-americano em dimensão de ativos e um banco próximo das empresas tecnológicas, entrou em insolvência depois de uma corrida aos seus depósitos. As startups e empresas de pequena dimensão, que eram o seu principal mercado, foram os clientes que, em pânico, lideraram esta corrida.

Antes, o banco tinha sido tentado um aumento de capital, mas sem sucesso. A falta de liquidez e de capital acabou por determinar a intervenção do Departamento de Proteção Financeira e Inovação, o qual nomeou a FDIC como liquidatária da instituição.