O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros um anteprojeto de lei, a submeter a discussão pública, que aprofunda o mecanismo da perda clássica e alargada de bens, incluindo após os crimes prescreverem ou os arguidos morrerem.
O documento resultou de um grupo de trabalho constituído por juristas e magistrados, entre outros, e, “finda a consulta pública e recolhidos os contributos”, será o próximo Governo a decidir “a sequência a dar ao anteprojeto” e se o submeterá a apreciação do parlamento, anunciou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.
Uma das novidades é a possibilidade de abertura de um “processo autónomo, de natureza não penal, que permita determinar o destino” dos bens de um processo que prescreveu ou foi, por morte do arguido, extinto, declarando-os perdidos a favor do Estado.
A “perda alargada em espécie” e a “perda de bens apreendidos associados a organização criminosa” são outras das medidas previstas no anteprojeto.
Questionada se teme que as medidas propostas venham a esbarrar no Tribunal Constitucional, por preverem o confisco antes de existirem decisões transitadas em julgados, a ministra respondeu que não.
“Nós acreditamos que não, que é uma boa solução”, disse.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com