“Governo enterrou 3,2 mil milhões do nosso dinheiro”: TAP aquece debate na especialidade do OE2024

O parlamento discutiu a TAP durante o debate na especialidade do OE2024, com a IL a falar de “desrespeito pelo dinheiro dos portugueses”, o Chega a criticar a atuação do Partido Socialista na gestão pública e o PCP a defender a importância da companhia aérea para o país.

“O caso da TAP é o mais flagrante caso de desrespeito pelo dinheiro dos outros e pelo dinheiro dos portugueses. Sem nunca ter perguntado nada a ninguém, sem nunca terem inscrito esta intenção em nenhum programa, sem nunca ter sido sufragado, o Governo decidiu enterrar 3,2 mil milhões de euros do nosso dinheiro na TAP, sem saber como é de que lá devia de sair”, frisou o deputado João Cotrim Figueiredo da IL.

Para os liberais “uma coisa é certa”: “não se vai recuperar a totalidade do dinheiro” “Querem eleitoralismo nesta altura? Ponham nos vossos programas o que é que querem fazer à TAP e digam aos portugueses que não vão ver o dinheiro de volta”, sublinhou o deputado da IL.

“Para nós é claro, todo o cêntimo gerado pela venda da TAP deve ser devolvido aos portugueses”, disse João Cotrim Figueiredo.

Por sua vez, Filipe Melo, deputado do Chega, considerou que a companhia aérea portuguesa “é um assunto grave de mais para continuar nas mãos do partido PS”. “Um ministro que autoriza indemnizações de meio milhão de euros, outro ministro que desconhece por completo a pasta e se este Governo chegasse ao fim esta bancada estava cheia e carregada de ex ministros da TAP”, vincou.

“Isto não pode continuar. O PS uma vez mais pegou no que estava bem nacionalizou, degradou uma empresa estratégica e hoje em dia queria integra-la no grupo económico só não sabia é como, só não sabia quando. A TAP requer sentido de Estado”.

À esquerda, o deputado do PCP Bruno Dias aproveitou a sua intervenção para lançar críticas à Iniciativa Liberal. “A verdade é que se tivesse sido a IL a decidir não estávamos a ter esta discussão porque já nem existia a TAP porque a IL desde o principio esteve frontalmente contra a capitalização da TAP e a intervenção para salvar a TAP e que faz com que a TAP exista hoje”, destacou.

“Nós ao contrário da direita continuamos a afirmar que a TAP faz falta ao país, que o papel estratégico para o nosso desenvolvimento e soberania. A TAP é importante para o nosso país e vai fazer falta no futuro”, afirmou Bruno Dias.