Graça Freitas: “As luvas dão uma falsa sensação de segurança”

O uso indevido de luvas pela população em geral pode ser contraproducente na proteção contra a Covid-19, alertou este domingo Graça Freitas, responsável máxima da Direção Geral de Saúde (DGS), reiterando que a melhor forma de evitar a infeção é de lavar as mãos com frequência e evitar tocar a cara com as mãos.

Questionda, em conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde Marta Temido, sobre se está prevista alguma ação de formação sobre o uso de luvas e máscaras, por exemplo para saídas para comprar bens alimentares, Graça Freitas disse que tem havido formação e informação, mas frisou que “nunca é demais repetir que o uso indevido de material de proteção pode ser mais contraproducente e dar até uma falsa sensação de segurança”.

“Concretamente em relação às luvas, quer se use ou não, se se tocar numa superfície contaminada, obviamente que os vírus e as particulas ficam na superfície das luvas, explicou. “Portanto se forem levadas à cara, à boca, ao nariz ou aos olhos, os vírus são transmitidos”.

Adiantou que tendo em conta que as luvas “são apenas uma falsa sensação, por muito serviriam para ser usadas uma única vez, num único acto de contacto, descartadas, tiradas, deitadas fora”.

Como alternativa, Graça Freitas recomendou que “usemos as nossas mãos, tentemos não levar à face e lavemos as mãos com frequência”.

“As luvas, sobretudo se utilizadas frequentemente e seguidamente, só estão a acumular potencialmente vírus de diversas origens. Portanto dão uma falsa sensação de segurança”, explicou. “Muito cuidado com a utilização de luvas indevidamente. Há é que lavar as mãos, tentar evitar tocar nas superfícies e na cara, e lavar as mãos, lavar as mãos, lavar as mãos”.