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– Pedro Morais, diretor-geral da LAPP Portugal, discute o desempenho recorde da empresa em 2023, com um crescimento acima de 27% e destaque para o mercado africano.
– A LAPP Portugal tem uma quota de mercado de cerca de 14-15% num sector de capital intensivo e vê potencial de crescimento nos próximos anos, impulsionado por investimentos em energias renováveis e reindustrialização do país.
– A empresa enfrenta desafios como a volatilidade do preço do cobre, que duplicou em cinco anos, e a burocracia nos processos de licenciamento em Portugal, que pode atrasar projetos e investimentos.
A LAPP fabrica e vende cabos elétricos e cabos de fibra. Qual foi o desempenho do negócio da LAPP Portugal 2023?
Em 2023, o grupo LAPP – como um todo – teve o melhor ano de sempre. Portugal teve dentro, mesmo dentro do grupo, talvez o melhor desempenho dentro do grupo. Foi um ano recorde. Eu diria que foi um ano de culminar também de várias mudanças, de investimentos feitos, de estratégias implementadas que nos permitiu ter um crescimento acima dos 27%. E eu diria, permitiu consolidar os desenvolvimentos das estratégias, nomeadamente em África.
Mas é um mercado competitivo cá em Portugal?
Muito, muito. É um mercado muito competitivo. Mas nós temos uma posição de liderança nesta área.
Com uma quota de mercado de quanto?
Diria que à volta dos 14 ou 15%. É um sector muito disperso, muito amplo que, acima de tudo, é um sector de capital muito intensivo. E, portanto, acaba por não estar tão consolidado como em alguns países, nomeadamente da Europa Central. E é um sector que ainda tem espaço para crescimento, que nos próximos anos, tanto em 2023 como nos próximos anos, representa um potencial de crescimento extremamente grande. Isto ligada a algumas medidas estruturantes.
Com “investimentos estruturantes” estamos a falar de grandes construções e grandes projetos em Portugal, como a Alta Velocidade ou o novo Aeroporto, certo?
Certo. Mas eu diria que entraremos nesse sector talvez daqui a uns anos, eu diria 2030/2035 é quando estaremos ativos [no fornecimento de cabos elétricos]. O que nós sentimos é, acima de tudo, nas áreas das energias, das renováveis, da eletrificação das cidades, da descarbonização da cadeia energética. Neste momento, é aí que está a grande parte do incentivo. E, de alguma maneira, eu penso que há notícias muito interessantes no país, como a reindustrialização. Existem grandes investimentos no sector industrial, de produção industrial, que diria que podem posicionar Portugal como um importante pólo industrial.
Quais são os mais promissores para a LAPP Portugal?
Nós temos muitos investimentos no sector da indústria química. A indústria do papel tradicionalmente tem sido uma indústria muito forte em Portugal e os grandes players continuam a desenvolver.
A Navigator e a Altri?
Exatamente, os grandes players nacionais continuam com projetos de investimento. A indústria química, obviamente. A indústria automóvel continua a ser um pólo muito interessante.
Ainda? Há a sensação que em Portugal está quase em phase out…
Eu não diria phase out. Eu diria que está em convulsão. É um pólo interessante, talvez mais especialista. Se calhar, menos volume, mas mais especialista. E depois Portugal – talvez também devido à escala que o país tem – eu diria que isso leva ou obriga-nos a uma criatividade maior, obriga a uma especialização maior. E o que nós estamos a encontrar é indústrias muito especializadas, se calhar não tanto no produto final, mas em componentes para o produto. De alguma maneira, Portugal desindustrializou-se nos últimos anos, mas está a arrepiar caminho.
Este sector dos cabos elétricos serve um pouco todas as áreas, algumas de forma mais intensiva. Por exemplo, a indústria automóvel: há pouco falávamos dos carros elétricos, que usam sete ou oito vezes mais cobre do que um carro com motor a combustão. Mas eu gostaria de passar à questão da habitação. É importante para a LAPP?
Eu diria que o sector da habitação não esteve propriamente no core da empresa. É um sector franja. E houve um período que realmente representava uma grande percentagem do volume de negócios da LAPP Portugal, não do grupo.
Quando se construíam 140.000 casas por ano em Portugal…
Exatamente. Neste momento o nível de construção em Portugal caiu muito. Há renovações? Há. Mas eu diria que construção há mais no sector da construção de edifícios – serviços, escritórios ou hotéis – aí há muita coisa a ser feita. Mais do que na construção residencial.
Mas nas renovações, as pessoas tendem a evitar substituição de cabos elétricos. Mas isso também pode criar um problema, porque significa que há imensas casas renovadas com cabos muito antigos.
O cabo tem uma durabilidade bastante longa, mas estamos a falar de 20 anos. Não estamos a falar de 30, de 40 ou 50 anos. Portanto, pode representar um fator de risco muito importante na área residencial. Muitos dos incêndios que ocorrem são motivados por questões elétricas. E o cabo tem o problema de estar escondido dentro de uma parede. Não é visível. Portanto, muitas das renovações são feitas para turismo residencial. Em que muitas vezes fazem uma ‘lavagem’. Portanto, não se faz propriamente para renovação técnica.
Isso pode levantar outro problema de que falávamos: à medida que se vai eletrificando a frota automóvel e as pessoas vão começando a exigir mais consumo – e mais potência também – os equipamentos dos prédios e os cabos podem não aguentar.
A estrutura elétrica – não só os cabos, mas toda a disponibilidade de potência, os equipamentos de proteção, os transformadores, disjuntores, toda a aparelhagem de proteção – não está dimensionada para as necessidades de consumo futuras. Há investimentos a serem feitos por parte das utilities. E muitas renovações já estão a considerar isso. O que é certo é que, neste momento, não chegará para as necessidades se se cumprir os objectivos da descarbonização das cidades, nomeadamente na questão dos veículos eléctricos. Se se cumprirem os objectivos, terá que ser feito um investimento massivo.
Aos dias de hoje, se fossem cumpridos desde já os objectivos da descarbonização, Lisboa não tinha capacidade.
Lisboa não aguentava. Não tinha capacidade para abastecer todas as necessidades. Nomeadamente no factor de simultaneidade.
Pedro, essa é uma consideração pessoal ou está vertida em algum tipo de trabalho ou estudo?
Eu diria que é amplamente conhecida dentro do sector, não do público em geral. Até porque os investimentos que estão a ser feitos no reforço desta capacidade estão a ser feitos exactamente com dados concretos. Já agora, só para completar o que são as oportunidades de futuro da LAPP. Não só a parte da descarbonização das cidades, mas a parte da produção eléctrica, tanto no ponto de vista da alteração para energias renováveis, como para as necessidades de aumento de potência eléctrica. Não esqueçamos que as necessidades energéticas têm vindo a aumentar e nós, quando falamos de necessidades energéticas, incluímos obviamente os combustíveis fósseis. Se eu paro de consumir uma determinada fonte, a outra tem que aumentar. As necessidades finais do consumo são crescentes. Portanto, toda esta estrutura das renováveis e da descarbonização dá-nos perspetivas para os próximos anos bastante positivas neste sector. Eu diria que, provavelmente, nos coloca num horizonte já perto dos novos investimentos que há pouco mencionou, como o TGV e o novo aeroporto.
De forma indireta, como fornecedor da entidade ou empresa que ganha a concessão para construir e gerir?Exato.
No armazém da LAPP Portugal há uma pequena fortuna em cobre, por via do stock de cabos que aqui tem em bobines. Como é que a evolução do preço do cobre vos tem afetado?
O cobre tem vindo consistentemente a subir. Eu diria que periodicamente dá saltos na ordem dos 5 a 10%. Em cinco anos, duplicou. O preço é um fator crítico, é uma matéria-prima crítica, não só para o sector dos cabos elétricos, que pode representar 50% a 60% do custo do produto, mas também de outros sectores ligados às instalações elétricas. Estou a pensar em transformadores, em equipamentos de proteção. E também, como disse, nas próprias viaturas elétricas.
Quanto é que representam os cabos elétricos no custo de construção de um edifício de residencial?
Eu diria que no custo total do edifício é um pouco complexo de dimensionar. Mas nas instalações técnicas, representa entre 20 a 30%. No custo do edifício poderá representar entre 5% a 7% do custo final. Mesmo assim, uma variação aqui pode ter impacto muito importante no preço final.
Esta variação está a ser mais sentida cá em Portugal, na Europa ou é um fenómeno do mundo inteiro?
Neste momento, é um fator mundial. Estes mercados são mercados mundiais, as matérias primas são negociadas a nível mundial, portanto é um impacto global. Deriva da escassez não só escassez da matéria-prima, como alguma escassez do ponto de vista produtivo. Lembro-me que nós chegámos a ter prazos de produção na ordem das 40 semanas, 40 a 50 semanas, portanto, praticamente um ano para a produção. Não foi só o sector automóvel – e outros – que sentiram essas dificuldades. Nós próprios também. E isto esteve muito relacionado com este boom internacional que há no setor energético. Portanto, o cobre, eu diria, está diretamente relacionado com este crescimento constante que se tem vindo a sentir nos últimos anos.
A LAPP Portugal é uma subsidiária de um grupo alemão. Como é que tem sido esse relacionamento? Eu não tenho ideia se essa presença em Portugal é muito longa.
Tem 30 anos.
Para que é que a LAPP Global utiliza ou como vê a subsidiária portuguesa dentro do grupo? Não é, com certeza, para o volume de vendas.
Correto. Para dar algum contexto: o grupo LAPP é um grupo alemão familiar. O grupo adquiriu logo desde o início, há cerca de 30 anos, uma parte do capital da empresa [a Policabos]. Há cerca de sete anos adquiriu a totalidade, quando os sócios locais decidiram sair do negócio. O grupo – ao contrário do que muitas em que fez em muitos outros casos – manteve muita autonomia local na capacidade de desenvolvimento, porque, ao contrário de outras filiais do grupo, nós temos uma visão mais ampla do negócio. Temos uma visão muito mais abrangente daquilo que são as soluções do mercado. Para ter uma ideia – até para entendermos o factor escala – Portugal fatura mais 30% do que Espanha, fatura praticamente o mesmo que a filial francesa. E são filiais com a mesma duração, porque Portugal abriu o leque de soluções que o grupo poderia oferecer. Isto levou a que o grupo mantivesse uma autonomia, transformando Portugal quase num país-piloto para fazer ensaios.
É uma espécie de hub para a LAPP?
É. É um hub tecnológico, que vende para África, África Ocidental, Norte de África. O grupo entregou-nos a responsabilidade destes mercados, onde temos já filiais, e também de desenvolvimento de soluções novas, nomeadamente para outras empresas do próprio grupo. Portanto, nós acabamos por ser um laboratório, um centro de competência, um hub do ponto de vista de centro de competência e de laboratório do desenvolvimento de soluções para o próprio grupo.
E essa necessidade de soluções novas é grande porque cada país tem especificações próprias para cabos diferentes, certo?
Há obrigatoriedades diferentes em Espanha, em França.
Mencionou a faturação em Portugal por comparação com França. Podemos ter uma ordem de grandeza para essa faturação?
Em Portugal faturamos cerca de 33 milhões, que foi o número do ano anterior. O grupo tem a perspetiva de crescer sempre 5% a 6%. E essa perspectiva tem sido alcançada. Eu penso que no sector, ligado ao sector energético, o crescimento é sustentável. No sector industrial, mesmo desta área industrial, já será um pouco mais complicado manter esta taxa de crescimento. Portanto, a expectativa do grupo este ano é algo conservadora, como um todo. No entanto, Portugal deverá ser capaz de entregar e cumprir os seus objectivos para este ano, exactamente devido à diversidade e à capacidade de procurar, inovar e buscar novos caminhos dentro daquilo que são os seus mercados.
Quando fala em África, está a falar sobretudo de países como o Gana, a Costa do Marfim, o Senegal ou a Nigéria. Quem é que trabalha Angola, Moçambique, a África lusófona? Outra parte do grupo?
Nós temos uma filial muito grande na África do Sul que gere esses mercados. Angola ainda cai sobre nós. No entanto, Angola tem sido… Eu diria que é um mercado relativamente pouco interessante. Eu percebo que é, tradicionalmente, um mercado lusófono, portanto há uma proximidade bastante grande. Mas eu diria que as dificuldades do mercado angolano são dificuldades operacionais, que se sente noutros mercados, nomeadamente nos pagamentos e manter uma operação local, que é complexo. Há outros mercados mais atractivos: são mais complexos de entrar, mas vez estando lá, tornam-se muito mais interessantes. E eu lembro que, por exemplo, grande parte dos centros de decisões dos bancos de investimento africanos, e mesmo a Comissão Europeia, no suporte que dão a África, os centros de decisão estão normalmente em países francófonos, como o Senegal ou a Costa do Marfim. Portanto, tornam-se mercados bem mais interessantes. Tem o desafio e eu acho que os portugueses, e é isso que o grupo LAPP também reconhece, estão muito bem equipados para os desafios africanos, nomeadamente do ponto de vista linguístico. E nós temos que capitalizar essa vantagem que o país tem, que os portugueses têm, que é a cultura internacional que temos.
Mas a casa-mãe não retira foco de um mercado quando os problemas são mais difíceis? E pede enfoque naquilo que está a funcionar bem?
É preciso entender que a cultura alemã é uma cultura de processo, de escala e de volume. É uma cultura voltada para a eficiência. A cultura portuguesa, mais uma vez, devido à escala que temos, é uma cultura voltada para a flexibilidade, para a resolução de problemas. Portanto, nós somos mais flexíveis, mais rápidos. Em África um dos principais desafios acaba por ser exactamente esse: não será o factor escala. Um dia poderá vir a ser. E será, com certeza. Se olharmos para a Nigéria, poderá vir a ser o quarto ou quinto país mais populoso do mundo.
E em 2050 ou 2070, África vai condensar uma enorme percentagem de toda a população mundial.
E, portanto, há que ter em consideração isso. Nesta fase, no entanto, a flexibilidade é crucial. Quando falamos de países francófonos, estamos a falar muitas vezes de standards e de normas francesas. Em países anglófonos são normas inglesas. Depois há normas espanholas, italianas, alemãs, e portuguesas. E, portanto, esta capacidade de ser multifacetado, de ser flexível e de ajustar rapidamente é talvez a mais- valia mais importante que a filial portuguesa traz para o grupo. Portanto acabamos por ter a flexibilidade e a alegria de poder trabalhar esses mercados.
O vosso sector é intensivo no gasto de eletricidade. A LAPP faz offset de carbono?
Fazemos. Estamos a iniciar esse processo. Todas as filiais do grupo durante o próximo ano terão que ser a certificação ISO 14.001, ainda algumas que não têm. Vamos terminar esse processo. Estamos a falar de três ou quatro unidades na Europa. Portanto, a questão ambiental é uma questão premente. São diretivas muito claras, muito completas do grupo. Existe uma diretiva corporativa que todas as filiais terão que implementar medidas nesse sentido – umas mais rápido, outras mais lentas – mas de um modo geral. A produção é, talvez, onde se nota o maior impacto disso. No entanto, tudo o que é logística, a questão da logística de proximidade, por exemplo, está em cima da mesa. Mas também a questão da pegada ecológica das cadeias de abastecimento – isto porque mandar vir produtos do outro lado do mundo tem o seu custo…
Se bem que vocês abastecem-se, sobretudo, cá em Portugal, certo?
Eu diria, na Europa, na Europa. Cerca de 95% da nossa produção é produção europeia. Muita dela, muito dessa produção em Portugal. (…) Normalmente, os nossos conhecimentos são fornecimentos europeus. A produção de cobre na Europa é relativamente curta, os grandes produtores internacionais ainda são muitos na América do Sul, alguns na Ásia. Em África também. Mas os grandes produtores ainda prevalecem na América do Sul. O processo de de transformação final é que depois é feito na Europa.
Quais é que são as vossas perspetivas de investimento nos próximos anos? Como é que a LAPP Portugal quer crescer?
Nós neste momento reforçámos significativamente a equipa nos últimos anos, já a preparar alguns investimentos futuros. O grupo está com planos de investimentos muito fortes, muito fortes mesmo, eu diria um pouco por todo o mundo. Obviamente que Índia e China são talvez dos maiores mercados de investimento. O grupo tem três fábricas na Índia, as fábricas estão com um reforço muitíssimo grande. A Índia é um mercado em expansão. Em Portugal, nós, acima de tudo, seremos para o grupo um centro de competência. Manteremos o perfil que temos. Vamos reforçar o centro de competência. E, como há pouco lhe disse, o factor escala – há quem o veja como um fator crítico, um fator menos positivo para Portugal no mundo – eu diria que o fator escala, para nós, não tem obrigatoriamente de ser um problema. Pelo contrário, pode ser uma oportunidade sim. E nós vemos que os planos de crescimento para o grupo são transformarmos e continuarmos a ser e a aumentar os centros de competência em Portugal. Estamos a falar de recursos técnicos, de competência técnica em engenharias.
Engenheiros formados em universidades portuguesas?
Claro. Porque o conhecimento que a filial trouxe para o grupo em áreas complementares, em áreas que não eram o core do grupo, eu diria que tem potenciado o crescimento do grupo nos últimos anos. Nomeadamente numa área muito específica, que o grupo resolveu chamar ‘Área de Projetos’, em que os grandes centros de competência são, obviamente, na Alemanha, onde o grupo tem centros de inovação e de desenvolvimento, mas também em Portugal, como centro de competência técnica e suporte a outras filiais do grupo. Eu diria que o nosso futuro passará por aí: manter o centro de competência técnica, de decisão e de desenvolvimento em Portugal. Nós fazemos muitos pilotos para o próprio grupo, portanto somos um laboratório de ensaio.
Um cabo específico feito de determinada maneira, que depois é testada na Alemanha para eventualmente ser aprovada para o fabrico?
Exatamente. Para desenvolvimento noutros países. Esse será o nosso futuro.
Quanto ao contexto de negócio em Portugal? Há obstáculos pela frente?
Eu diria, a burocracia. Diz-se isto muitas vezes e eu costumo sublinhar que quem tenta fazer um investimento em Portugal tem que enfrentar a burocracia, nomeadamente em algumas zonas junto às grandes cidades. Isto porque as grandes cidades, apesar de tudo, continuam a ser onde os recursos estão. E uma empresa que já se instalou e precisa de recursos técnicos é muito difícil de se deslocalizar para outras zonas onde, eventualmente, a facilidade de realização de investimentos é mais fácil. Mas os recursos estão aqui. Ter de deslocar dezenas ou centenas de pessoas para outras zonas, quando a estrutura está toda montada aqui é algo muito complexo. Só que muitos dos processos de decisão e de licenciamentos, por exemplo, para realização de investimentos – nós sentimos isso na pele há uns anos, mas também clientes nossos – nota-se que os processos são muito lentos, há muitos projectos a atrasarem-se. Iniciam-se, param e passados uns anos voltam. Alguns deles morrem, pura e simplesmente, devido à morosidade e a complexidade dos processos de aprovação. Eu diria que para os próximos anos este seria o grande desafio e talvez a maior limitação à melhoria do clima económico. Vontade de investir há.
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