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Grão-Pará convoca assembleia-geral para decidir insolvência

A empresa tem subsistido devido a empréstimos contraídos por Abel Pinheiro (administrador do grupo) e pelos seus familiares diretos, que ascendem a mais de 1,5 milhões de euros. Os vários membros do Conselho de Administração têm vindo a desempenhar funções de forma gratuita.
Europa – The Silo
8 Julho 2025, 21h26

A construtora Grão-Pará convocou uma assembleia-geral de acionistas para 23 de julho, na qual vai ponderar a necessidade de entrar em insolvência, foi comunicado esta terça-feira ao mercado.

“A assembleia-geral da imobiliária construtora Grão-Pará […] deve merecer a especial atenção dos senhores acionistas, pois o que está em causa nesta assembleia é a ponderação sobre a possível apresentação da mesma a processo de insolvência”, lê-se numa nota da administração remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos últimos 15 anos, a construtora acumulou resultados negativos, com exceção de 2024, quando teve um lucro de 617.724,43 euros (617,7 mil euros). Contudo, este resultado positivo deveu-se à reversão da imparidade do saldo da associada Grão-Pará Agroman. De acordo com a mesma nota, a sociedade não tem há vários anos qualquer exploração ou atividade comercial, não gerando assim “quaisquer proventos”.

A empresa tem subsistido devido a empréstimos contraídos por Abel Pinheiro (administrador do grupo) e pelos seus familiares diretos, que ascendem a mais de 1,5 milhões de euros. Os vários membros do Conselho de Administração têm vindo a desempenhar funções de forma gratuita.

“A razão primordial para a empresa ter nestes últimos anos lutado denodadamente pela sua viabilidade e subsistência, prende-se com as ações judiciais que se encontram pendentes, nomeadamente nos casos em que os demandados são os Estado e outras entidades públicas”, precisou.

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