A greve nacional da Administração Pública desta sexta-feira, 27 de outubro, que contou com a participação da Federação Nacional de Professores (Fenprof), registou “uma adesão muito forte em todo o país”, nos diversos sectores, incluindo a educação, afirma a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP, que convocou a paralisação.
Professores juntam-se à greve da administração pública na sexta-feira
Num balanço, esta tarde, a Fenprof avançou uma adesão de 90%, o mesmo número avançado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro. “Ao nível da Educação salienta-se uma adesão de mais de 90% em todas as Escolas do Pré-Escolar, 1º Ciclo, Básicas e Secundárias dos Distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu tendo encerrado ou ficado sem aulas centenas de estabelecimentos”.
No Ensino Superior há a registar “uma forte adesão, em particular no sector das cantinas que foram encerradas, mas também nas Faculdades e Departamentos onde a adesão foi superior a 50%”.
Segundo este sindicato, no Centro do país, na área da Saúde, “na maioria dos hospitais foram remarcados as consultas externas e adiadas intervenções cirúrgicas, tendo a adesão rondado os 80% nos hospitais e acima dos 70% nos cuidados primários”.
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro diz também que nos sectores da Cultura, Justiça, Finanças, Segurança Social, Ambiente, Instituto da Mobilidade Terrestre, Direções Regionais dos diferentes Ministérios e outros serviços da administração pública, “a adesão foi também significativa”, tendo encerrado muitos balcões de atendimento ao público.
No topo das reivindicações dos sindicatos estão maiores aumentos salariais para 2024. O Governo faz finca pé numa atualização entre 3% e 6,8%, sendo tanto maior quanto mais baixo o salário, garantindo que todos os trabalhadores terão, pelo menos, um aumento de 52,63 euros brutos mensais, o que sobe a base remuneratória na Administração Pública para 821,83 euros. A Frente Comum reivindica um incremento de 15%, com um limite mínimo de 150 euros mensais.
“O nível de adesão à greve na Educação, como na generalidade da Administração Pública, confirma o mal-estar dos trabalhadores”, afirma a Fenprof, em comunicado, salientando que “o subfinanciamento, a par de opções políticas de organização e funcionamento dos serviços e da desvalorização das profissões e das carreiras negam o discurso de governantes que se dizem defensores dos serviços públicos”.
Na sequência desta greve, a CGTP promove, no dia 11 de novembro, manifestações no Porto e em Lisboa, com a participação da Fenprof, que anuncia para 13 de novembro uma concentração e desfile até à Assembleia da República, pelas 14h30, hora em que o ministro João Costa ali estará a defender o Orçamento do Estado para Educação em 2024.
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