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Grupo EDP dá gás a Lisboa depois de licença para Ocean Winds. Resultados trimestrais faz Europa abrir mista

A licença de viabilidade para o projeto eólico offshore Ocean Winds, na Austrália, está a fazer disparar as negociações da família EDP. Os CTT, que apresentam hoje contas trimestrais, também seguem a negociar em bom porto.
2 Maio 2024, 08h31

A bolsa de Lisboa abriu no ‘verde’ e assim segue. O PSI segue a valorizar 0,27% para 6.633,75 pontos, estando a ser impulsionado pelo grupo EDP.

A EDP Renováveis acelera 2,53% para 12,99 euros e a EDP dispara 2,10% para 3,60 euros. A família EDP está a valorizar devido à divulgação da licença de viabilidade para o projeto Ocean Winds na Austrália, numa joint-venture com a Engie.

Os CTT, que hoje apresentam os resultados trimestrais, crescem 1,70% para 4,49 euros, o BCP sobe 1,13% para 0,33 euros e a Ibersol avança 0,85% para 7,08 euros. A Mota-Engil soma 0,64% para 4,09 euros e a Altri cresce 0,10% para 5,18 euros.

A Europa está a negociar em terreno misto. A Alemanha ganha 0,21%, França perde 0,58%, Espanha soma 0,42%, Reino Unido cresce 0,57% e Itália sobe 0,69%. O Euro Stoxx 50 desvalorizar 0,20% para 4.911,55 pontos.

“As bolsas europeias regressaram da pausa de ontem com uma tendência de alta muito ligeira na abertura, mas ainda sem direção bem definida, com os investidores a avaliarem a reunião da Fed, uma série de resultados trimestrais de sinal misto e a aguardarem os número vitais que a Apple revela esta noite”, aponta o research do BA&N.

“Wall Street conseguiu fechar em alta ligeira no dia da Fed, numa sessão que foi marcada pela forte volatilidade que espelha a incerteza que permanece sobre o rumo da política monetária na maior economia do mundo. Sem surpresa, o banco central manteve as taxas de juro a adotou um discurso mais agressivo, para refletir o facto de os números da inflação estarem a sair acima do esperado. A Fed revelou o comunicado que as taxas de juro terão de permanecer em níveis elevados por mais tempo, o que motivou uma reação inicial negativa das ações. Os índices inverteram para terreno positivo depois de Jerome Powell ter descartado que esteja em cima da mesa um novo
agravamento de juros, mas foram aliviando até ao final da sessão para fecharam na linha d’água. No mercado de obrigações a reação foi mais efetiva, com as yields a aliviarem de forma pronunciada, com a taxa dos títulos a dois anos a regressar abaixo dos 5%. No final da sessão o mercado estava a descontar descidas de 35 pontos base nos juros da Fed em 2024″, sustenta a mesma análise.

O BA&N explica que o mercado europeu está a ter uma manhã agitada em termos de apresentações de resultados trimestrais, daí a tendência mista que se regista. “Destaque para a Dinamarca, onde a Novo Nordisk (maior cotada europeia) e a Maersk (vista como um barómetro do comércio mundial) estão a negociar em terreno negativo apesar de terem anunciado resultados acima do esperado e revisto em alta as perspetivas para 2024. A britânica Shell anunciou resultados muito acima do esperado, mas as ações marcam um ganho muito contido
devido à tendência negativa das cotações do petróleo. Entre as cotadas que reagem em alta aos resultados, destaque para os bancos Standard Chartered (+6,2%) e ING (5,4%)”.

“Na banca espanhola o destaque vai para a reação ao anúncio da oferta do BBVA sobre o Sabadell, que está a agitar as ações das duas instituições. Depois de ter afundado mais de 6% na terça-feira, o BBVA regista uma queda mais moderada (-1%) enquanto o Sabadell dispara
mais 8%, embora negoceie abaixo do valor implícito da proposta do BBVA”, termina.

Os commodities estão a negociar em terreno positivo. O brent ganha 0,92% para 84,21 dólares e o crude acelera 0,95% para 79,75 dólares. Por sua vez, o gás natural dispara 2,38% para 1,978 dólares.

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