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“Habituamo-nos a trabalhar em família e com família”: Sucessão em debate na Casa Ermelinda Freitas

Leonor Freitas, mãe e CEO da Casa, esteve à conversa com a filha Joana, administradora para os mercados internacionais, para explicar o poder da sucessão. “A empresa é a nossa vida mas a família está sempre em primeiro lugar”, destacada a responsável pelos mercados da empresa.

28 Maio 2024, 18h19

“O Poder da Sucessão” esteve em debate na segunda edição da Forbes Women’s Summit que decorreu esta terça-feira em Lisboa e que contou com a presença de Leonor Freitas, mãe e CEO da Casa Ermelinda Freitas e Joana Freitas, filha e administradora para os mercados internacionais da Casa Ermelinda Freitas.

Mãe e filha estiveram à conversa neste formato, com Leonor Freitas a contar o histórico que levou ao desenvolvimento desta casa. “Sou a quarta geração da família. As anteriores dedicaram-se sobretudo ao trabalho na terra que deram continuidade a uma casa agrícola. Os homens faleceram muito cedo e foram sobretudo as mulheres muito fortes que aguentaram as casas agrícolas e aguentarem com amor. Sou a primeira mulher daquele meio rural a tirar um curso superior”, referiu.

Leonor Freitas realçou que com a morte do seu pai acabou por ir em ajuda da sua mãe: “Não consegui vender o que tínhamos e deixei tudo para salvar a Casa. tínhamos 50 hectares, não tínhamos marcas; hoje temos 500 hectares. Fez-se a marca Erlinda Freitas que é o nome da minha mãe”, explicou.

“A sucessão foi natural até agora. Sabemos as grandes preocupações das empresas familiares e chegamos agora à quinta geração na Casa Ermelinda Freitas. A sucessão será facilitada na Casa Ermelinda Freitas e não haverá problemas nessa passagem. A grande dificuldade está em quem tem que deixar o poder. Nem tudo são rosas. Habituamo-nos a trabalhar em família e com família. Damos sempre prioridade a famílias da região e temos famílias inteiras a trabalhar connosco”.

Joana Freitas explicou que foi desafiada pela mãe em ir ao estrangeiro para perceber o mercado do vinho sendo que a Casa Ermelinda Freitas já trabalha 42 mercados. “Existe diálogo entre mim e a minha mãe e isso é muito importante”, destacou. “A empresa é a nossa vida mas a família está sempre em primeiro lugar”, enfatizou.

Para Leonor Freitas, “o amor foi transmitido de geração em geração. Quando conseguimos trabalhar em comum, as empresas familiares são ótimas para trabalhar. Não há horários, férias ou fins-de-semana, isto é a nossa vida”.

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