[weglot_switcher]

IA inspira trabalhadores a mudarem de emprego, diz relatório da Microsoft

A conclusão surge no mais recente relatório Work Trend Index da Microsoft, que aponta as principais tendências do mundo do trabalho e que, nesta edição, contou com a colaboração do LinkedIn. Trabalhadores estão de olhos postos em novas oportunidades relacionadas com IA.
8 Maio 2024, 17h40

Quase metade dos trabalhadores (46%) pretende mudar de emprego no próximo ano, tendo em vista encontrar “novas oportunidades relacionadas com Inteligência Artificial (IA)”. A conclusão surge no mais recente relatório Work Trend Index da Microsoft, que aponta as principais tendências do mundo do trabalho e que, nesta edição, contou com a colaboração do LinkedIn. De acordo com o documento, está em causa uma percentagem recorde desde a Grande Demissão de 2021. Só nos Estados Unidos, mais de 47 milhões de trabalhadores deixaram os seus empregos no primeiro ano dessa onda de demissões voluntárias.

“Apesar da crença de que a IA e a perda de empregos estão associados, os dados agora apresentados vêm mostrar uma realidade onde não só cada vez mais pessoas estão a pensar em mudar de carreira, como existem empregos disponíveis e os trabalhadores com competências de IA terão prioridade”, analisam a Microsoft e LinkedIn num comunicado emitido a propósito da divulgação do relatório.

Perante esta tendência, e numa altura em que os conhecimentos de IA são cada vez mais valorizados pelas empresas, dois terços dos empregadores admitem que não vão contratar profissionais “sem competências nesta tecnologia”. Ainda de acordo com o documento, 55% dos inquiridos reconheceram “estar preocupados com a falta de talentos suficientes para preencher vagas já este ano, sendo as áreas de cibersegurança, engenharia e design criativo as que mais sentem esta carência”.

Ainda sobre a formação facultada pelas empresas, o relatório demonstra que somente 39% dos utilizadores recebem formação internamente, acabando por avançar com a “aquisição de competências por conta própria”. “Só no final do ano passado, aumentaram 142 vezes o número de utilizadores do LinkedIn a adicionar competências de IA – como Copilot e ChatGPT – aos seus perfis, assim como cresceram em 160% os profissionais não técnicos a usar cursos do LinkedIn Learning para melhorar a sua aptidão em IA”, acrescenta a mesma nota.

Nas palavras de Manuel Moura, diretor da unidade de Modern Work e Surface da Microsoft Portugal, ” a IA generativa está a promover no mercado de trabalho a necessidade de acelerar para acompanhar a rapidez da evolução tecnológica”.

“As empresas terão de dar o passo em frente e apostar na capacitação dos seus funcionários com ferramentas e formação em IA, como forma das organizações beneficiarem das mais valias desta tecnologia ao nível da produtividade, mas também na perspetiva de atrair e reter o melhor talento”, acrescenta o mesmo responsável, citado na nota de imprensa.

Em comunicado, a Microsoft justifica a colaboração com o LinkedIn com “a necessidade de fornecer uma visão mais abrangente de como a IA generativa está não só a reformular o dia a dia de colaboradores, líderes e empresas, mas também o próprio mercado de trabalho”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.