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IL/Convenção: Governo saúda moderação de Rocha, Chega critica hipocrisia em propostas sobre segurança

Em declarações aos jornalistas no final da IX Convenção da IL, em Loures, o ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou que os liberais ajudam o Governo a não ficar “sozinho no espaço moderado, equilibrado e dialogante que tenta agregar e mobilizar toda a sociedade portuguesa” e sublinhou que o presidente do partido Rui Rocha demonstrou uma “atitude construtiva” no discurso de encerramento.
The Minister of State and Finance Joaquim Miranda Sarmento (C) accompanied by the Minister for Parliamentary Affairs Pedro Duarte (L) delivers the 2025 state budget to the President of the Portuguese Parliament Jose Pedro Aguiar-Branco (R), at the Portuguese Parliament in Lisbon, Portugal, 10 October 2024. ANTONIO COTRIM/LUSA
2 Fevereiro 2025, 16h27

O ministro dos Assuntos Parlamentares saudou hoje a “atitude construtiva”, moderação e equilíbrio da intervenção de encerramento do presidente da IL, enquanto o Chega acusou os liberais de hipocrisia e de estarem “reféns do politicamente correto”.

Em declarações aos jornalistas no final da IX Convenção da IL, em Loures, o ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou que os liberais ajudam o Governo a não ficar “sozinho no espaço moderado, equilibrado e dialogante que tenta agregar e mobilizar toda a sociedade portuguesa” e sublinhou que o presidente do partido Rui Rocha demonstrou uma “atitude construtiva” no discurso de encerramento.

Pedro Duarte defendeu ainda a importância das forças políticas “terem capacidade para dialogar” e disse ser “muito importante que haja agregação de forças” melhores resultados eleitorais, embora sem concretizar se a IL deve integrar uma coligação pré-eleitoral autárquica às principais câmaras do país.

Do Chega, a vice-presidente Marta Silva disse que a Iniciativa Liberal anunciou propostas para a segurança que o Chega já apresentou e acusou os liberais de hipocrisia por trazerem a debate medidas que nunca apoiaram no parlamento quando foram apresentadas pelo partido de André Ventura, nomeadamente a expulsão de migrantes que cometam crimes graves ou sejam reincidentes.

“Querem parecer diferentes, mas na verdade apresentam-se reféns do politicamente correto e a agarrados a uma política demasiado académica e totalmente desligados da realidade do país”, acrescentou.

Carlos Coelho, vice-presidente do PSD, saudou o ênfase dado por Rui Rocha à necessidade de reduzir impostos, e de acelerar a economia afirmando que “é isso que o Governo tem estado a fazer”,

O porta-voz do CDS-PP, Durval Tiago Ferreira, sublinhou as diferenças entre os dois partidos, enfatizando que os liberais “não concorrem diretamente com o eleitorado e a ideias fundamentais” dos centristas.

“A IL tem ideias e toda a legitimidade para defendê-las, muitas delas claramente que são válidas, mas que, no geral, não têm o posicionamento do CDS e mesmo do PSD. E, portanto, o posicionamento, pelo menos com o Rui Rocha, é hoje um posicionamento muito mais à esquerda do que era com Cotrim de Figueiredo, acrescentou.

Rui Rocha foi hoje reeleito para um segundo mandato de dois anos à frente da Iniciativa Liberal, após a lista com que se apresentou a eleições ter obtido 73,4% dos votos.

Já a lista do seu adversário na disputa pela liderança, o conselheiro nacional Rui Malheiro, obteve 26,6% dos votos dos membros que participaram na IX Convenção Nacional, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.

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