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Incêndios florestais caíram 26% este ano face a 2018

“Estamos, até hoje, com 6.800 incêndios desde o início do ano, o que significa que temos um número de incêndios 36% inferior à média dos últimos dez anos. E uma área ardida 42% inferior à média dos últimos dez anos”, sublinhou Eduardo Cabrita.
6 Agosto 2019, 16h09

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, marcou presença na reunião semanal da Proteção Civil e falou à comunicação social sobre o papel que a Autoridade Nacional da Proteção Civil desempenhou ao longo dos incêndios, além de uma comparação com os incêndios do ano passado

Eduardo Cabrita sublinhou que as reuniões operacionais que ocorrem todas as semanas com todas as entidade do sistema de Proteção Civil são importantes. “Os comportamentos de prevenção e de vigilância atenta são essenciais para a altura do ano em que se está a viver”, referiu o ministro.

O responsável pela pasta da Administração Interna afirmou que é possível “testemunhar a capacidade de resposta do sistema, que se tem verificado ao longo do ano”, destacando o “fim de semana particularmente complexo, com condições adversas em que houve uma resposta muito eficaz de todas as entidades do sistema de proteção civil”.

De acordo com o ministro, as entidades deste sistema garantiram a resposta operacional dentro das prioridades estratégicas definidas, sendo elas “a salvaguarda da vida humana e a salvaguarda da segurança das populações”, que ocorreu em todos os incêndios “quer na ocorrência de Nisa, quer no conjunto de incêndios em Alfandega da Fé e Sabugal, ou no que começou no município de Tomar e se prolongou para os municípios de Abrantes e Constância”.

“Estamos, até hoje, com 6.800 incêndios desde o início do ano, o que significa que temos um número de incêndios 36% inferior à média dos últimos dez anos. E uma área ardida 42% inferior à média dos últimos dez anos”, sublinhou Eduardo Cabrita, que referiu ainda que a área ardida este ano é 26% inferior à de 2018.

Ainda que exista um decréscimo de área ardida em relação ao ano passado, entre 2018 e 2019, Portugal registou um total de 18 mil incêndios, mas apenas dois assumiram a classificação de grande incêndio, tendo ardido áreas superiores a 100 mil hectares em cada um, avançou Eduardo Cabrita.

O ministro destacou ainda “a boa articulação entre as várias unidades do sistema”, uma vez que “95% dos incêndios têm menos de dez hectares, 85% têm menos de um hectare”. Isto significa então, segundo o ministro, que “são dominados pela intervenção inicial, que é feita pelos bombeiros locais”.

“Quando digo que os bombeiros voluntários são a coluna vertebral do nosso sistema, significa que são os responsáveis pela primeira intervenção”, e “isso tem permitido que 95% dos 6.800 incêndios tenham menos de dez hectares”, referiu.

Além dos bombeiros voluntários, Eduardo Cabrita destacou “a boa capacidade de resposta imediata e inicial dos meios aéreos”. “Passámos de 385 intervenções de meios aéreos no ano passado para 871 intervenções este ano, em ataque inicial”, assumiu o ministro. “Isto significa 126% de aumento de intervenções de meios aéreos em ataques iniciais, logo nos primeiros minutos, no local mais crítico do incêndio”, admitiu.

Apesar de nos próximos dias existir uma aparente melhoria das condições meteorológicas, o ministro da Administração Interna deixou um apelo aos portugueses e turistas que se deslocam em território nacional: “nesta altura de férias, de significativa circulação ao longo de todo o país, em que as pessoas se deslocam às zonas de origem no norte e sul do país, apelamos a que se tivesse uma grande atenção às recomendações das entidades responsáveis pela vigilância”.

Os portugueses devem ainda “rigorosamente evitar quaisquer comportamentos que possam contribuir para o aumento do risco” de incêndio e que coloque em causa a proteção.

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