A startup portuguesa Inductiva Research Labs, que criou uma plataforma computacional para apoiar laboratórios científicos e engenheiros de empresas a simular, prever e otimizar processos, fechou uma ronda de investimento seed (inicial) no valor de 2,25 milhões de euros, liderada pela Iberis Capital.
Entre os investidores nesta ronda estiveram ainda a sociedade de capital de risco portuguesa Shilling, que investe em early-stage, e seis business angels (Maria João Souto, João Penedones, Terry Huang, Ryan MacDonald, Ralf Herbrich e João Barros).
“Esta ronda de financiamento evidencia o empenho de toda a nossa equipa em abordar o que acreditamos ser um problema chave que tem ficado esquecido: a necessidade de uma infraestrutura moderna e ágil para realizar simulações físicas em larga escala em combinação com técnicas de Inteligência Artificial destinada a diversos domínios científicos e industriais”, comentou o CEO da Inductiva.
Segundo Luís Sarmento, a Inductiva disponibiliza uma API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações) em Python que permite fazer simulações em escala on-premise e na cloud. Agora, poderá “ir mais longe no processo de inovação”, alargar a oferta de funcionalidades e expandir a base de clientes entre startups, laboratórios científicos e grandes empresas industriais.
Na opinião de Luís Quaresma, sócio da Iberis Capital, esta empresa tem capacidade para “revolucionar o cenário de simulação e acelerar o processo de transformação digital de várias indústrias”.
“Desde o início que ficámos impressionados com a abordagem única, a equipa excecional e a visão da Inductiva. Este investimento ocorre num momento em que indústrias como a farmacêutica, o design de novos materiais, as energias renováveis – entre outras linhas de ação globais orientadas para a mitigação das alterações climáticas – recorrem cada vez mais a ferramentas de simulação”, sublinha o porta-voz da private equity e venture capital.
Fundada em janeiro de 2021 e com sede no Porto, a Inductiva foi criada por Luís Sarmento, Hugo Penedones e Clara Gonçalves, três empreendedores alumni da Universidade do Porto com carreira em multinacionais como Amazon, Google, Microsoft, DeepMind ou Fraunhofer Institute. A empresa de deep tech (tecnologia moderna) que fundaram dedica-se à simulação em larga escala (dinâmica de fluidos, dinâmica molecular, mecânica estrutural, sistemas quânticos, entre outros).
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