A Bolsa de Lisboa terminou a segunda sessão da semana em terreno positivo, com ganhos de 0,37% para 5.924,05 pontos, voltando a beneficiar da boa prestação da Mota-Engil.
O grupo de engenharia e construção, que anunciou na segunda-feira um contrato na Nigéria para fornecer e financiar um projeto ferroviário no norte do país, fechou a negociação com ganhos de 1,78% para 2,285 euros, seguido da Greenvolt, que ganhava 1,71% para 5,95 euros às 16h35, e da Corticeira Amorim, que valorizava 1,85% (9,86 euros) aquando do encerramento da sessão.
No sector energético, a tendência geral foi de ganhos, à exceção da EDP, que terminou o dia a cair 0,07% para 4,32 euros. A EDP Renováveis e a Galp ganharam, respetivamente, 0,87% para 17,47 euros e 0,74% para 10,91 euros.
Nas restantes praças europeias, o sentimento foi igualmente positivo. Por mercados, o francês CAC subiu 1,07% para 7.220,01 pontos, o alemão DAX valorizou 0,75% para 15.790,34 pontos e o espanhol IBEX avançou 0,85% para 9.331,10 pontos nos último minuto do dia.
“Os principais índices de ações europeus vão oscilando entre território de ganhos e perdas ao longo da manhã. O sector de bens de luxo, que conta com cotadas como LVMH, Hermes, Christian Dior e Moncler, mostra-se animado pelos estímulos económicos na China”, destacou Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium Investment Banking, na nota diária de ontem.
O mesmo especialista acrescenta que, “no plano macroeconómico, a leitura final do índice de preços no consumidor alemão confirmou um aumento da inflação no país, de 6,1% em maio para 6,4% em junho, mas o efeito já estava incorporado pelo mercado, pois tinha sido anteriormente sinalizado. O inquérito do centro de pesquisa económica ZEW revelou as perspetivas dos investidores se degradaram em julho na Zona Euro e na Alemanha, ainda que a confiança na situação atual em solo germânico tenha descido menos do que os analistas previam”.
Na terça-feira, o instituto alemão Zentrum fur Europäische Wirtschaftsforschungíndice (ZEW) revelou que, em julho, o indicador homónimo ZEW, considerado o mais importante para a maior economia da Europa a par com o Ifo, voltou a cair.
Euribor sobe a seis meses, toca novo máximo a três meses e cai a 12 meses
As taxas Euribor subiram ontem a três e a seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, tendo ainda descido a 12 meses.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje para 4,184%, menos 0,006 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
O que aí vem esta quarta-feira?
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma esta manhã a estimativa do Índice de Preços no Consumidor (IPC) em junho. A previsão provisória divulgada pelo INE apontava para 3,4% em junho, o valor mais baixo de ano e meio; o organismo apresenta ainda os índices de produção, emprego, remunerações na construção de junho.
O Banco de Portugal apresenta estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao primeiro trimestre e, ainda, o índice harmonizado de preços no consumidor (junho).
Ainda em Portugal, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai leiloar hoje duas linhas de Obrigações do Tesouro (OT), uma com maturidade a 15 de junho de 2029, e outra a vencer a 12 de outubro de 2035, com montante indicativo entre os 750 milhões e os mil milhões de euros.
Do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal publica mais uma edição do Livro Bege (‘Beige Book’).
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