A última sexta-feira ficou marcada pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), de onde saiu a decisão da Arábia Saudita de manter a produção de petróleo até ao final do ano, mas fazendo saber que vai avançar com cortes na produção daquele recurso durante todo o próximo ano. Esta segunda-feira não deverá ser muito agitada, mas ao longo da semana vão ser divulgados dados sobre a inflação em vários países, entre os quais Portugal.
Na sexta-feira, a bolsa de Lisboa avançou 0,57%, para 6.024,10 pontos, com destaque para o crescimento nas elétricas. Na liderança ficou a Greenvolt, que ganhou 1,88%, seguida pela EDP Renováveis, nos 1,43%. No caso do BCP, observou-se um acréscimo de 1,11%. Por outro lado, os CTT tombaram 1,29%.
Lá fora, o sentimento foi igualmente positivo, com o índice de Paris a crescer 0,75%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 progrediu 0,71%. Em Espanha, observou-se um crescimento de 0,66%, ao passo que o Reino Unido valorizou 0,47%. Em sentido contrário ficou unicamente a Itália, ao derrapar 0,41%.
Sensações positivas no mesmo dia em que o Eurostat divulgou dados sobre as vendas a retalho na zona euro, que caíram 1,4% em junho, face ao mesmo mês do ano passado (decréscimo de 2,4% em maio).
Nos Estados Unidos da América, o sentimento foi contrário com os três principais índices em queda (entre 0,3% e 0,6%), após serem revelados valores relativos ao emprego naquele país. A taxa de desemprego recuou em julho, para 3,5% (3,6% em junho), ao passo que o salário médio por hora registou uma subida homóloga de 4,4% no mesmo mês e ficou 0,4% acima do valor observado em junho.
Os dados ficaram superaram as expetativas dos mercados (4,2% e 0,3%, respetivamente), mas não parecem ter sido suficientes para convencer os investidores.
No caso dos combustíveis, o anúncio feito pela Arábia Saudita poderá agitar os mercados no futuro. Desde sexta feira, sabe-se que a produção naquele país é para manter até final do ano, mas em 2024 vai proceder-se a uma redução substancial na ordem de 1,4 milhões de barris, de forma a fazer reduzir as exportações, o que deverá gerar um aumento nos preços. De resto, o barril de brent estava a subir 1,19% no final da sessão de sexta-feira, ao passo que o crude ficou 1,34% mais caro.
Para a semana que agora se inicia, expetativa para serem conhecidos dados sobre a inflação, nomeadamente em Portugal, na quarta-feira. No dia anterior, destaque para os números referentes à taxa de desemprego no segundo trimestre e a balança comercial (importações e exportações de bens e serviços) no mês de junho.
Esta segunda-feira, a agitação não deverá ser grande, com destaque para a revelação dos dados relativos à produção industrial na Alemanha em junho, ao passo que no Reino Unido vai ser dado a conhecer o Índice de Preços na Habitação Halifax em julho.
Nos dias seguintes, os holofotes deverão recair sobre os dados que permitirão conhecer a variação da inflação no mês de julho. Trata-se do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que vai ser revelado em Portugal, na quinta-feira, assim como na Alemanha, França, Espanha, China e Estados Unidos, ao longo da semana. As atenções estarão ainda viradas para dados respeitantes ao Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em junho, com dados relativos ao segundo trimestre do ano.
Na terça-feira, o sector da energia vai voltar a estar em foco, com novos dados da Administração de Energia (EIA), com a revelação de um relatório com dados que vão permitir uma melhor análise à conjuntura atual.
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